Chega de Conhecimento

Quero partilhar momentos;
Dividir sorrisos;
Comungar intentos;
Encontrar amigos.

Quero expandir amor;
Rejeitar perigos;
Evitar a dor;
Construir abrigos.

Chega de conhecimento!

Quero acreditar em mim e poder fazer.
Quero crer no mundo e viver prazer.
Quero pensar na paz e dela ser capaz.
Quero viver, quero amar, quero correr…

Fora do corpo voar, volitar, conhecer e trabalhar…
Desvendar dimensões, descobrir campeões e vivenciar…
Encarar mistérios, elaborar provérbios, elevar critérios,
Sempre conhecer.

Quero servir amando e amar servindo.
Quero aprender ensinando e ensinar aprendendo,
Quero servir aprendendo, ensinando e ser feliz.
Chega de Conhecimento!

Desejo me colocar aos pés do Cosmos e me dispor em súplicas:
“Vem, me leve…”
“Me coloco humildemente a seus pés…”
“Que a justiça seja feita e a verdade inolvidável…”
“Que o amor seja incomensurável”.

Chega de conhecimento!

Me coloco no lugar mais justo, simples, efetivo e verdadeiro;
Me coloco no lugar que for preciso despojadamente.
Quero ser o que sou, nada mais, nada menos e me enquadrar justamente no
fluxo natural do processo cósmico.

Chega de conhecimento!
Desejo sabedoria!

Mesmo que eu tenha que descer aos “abismos” da humildade;
Mesmo que eu tenha que ser “violentado” pela verdade;
Mesmo que seja necessário verter lágrimas amargas de autoconhecimento;
Mesmo que seja obrigado a explodir “rochas” de meu coração.

Para que eu possa subir as montanhas da felicidade;
Para que eu possa percorrer os campos da assistencialidade;
Para que eu possa voar nas pradarias do seio da divindade.

Então declaro:
Chega de conhecimento, desejo sabedoria!

De nada vale a técnica sem coração.
De nada vale o parapsiquismo sem consciencialidade.
De nada vale a projeção astral sem assistencialidade.

Poema de Tio Dalton, membro da lista Voadores.

Tábua de Esmeraldas

Isto é verdade, sem mentira, muito verdadeiro” (a verdade nos 3 mundos)

O que está em baixo é como o que está em cima” (Lei da Analogia)

E o que está em cima é como o que está em baixo” (Lei da Correspondência)

E como todas as coisas vêm e vieram do Um” (Lei do número)

Assim todas as coisas são únicas por adaptação” (Lei da Adaptação)

O Sol é seu pai; a Lua é sua mãe; o vento carregou-o no ventre; a terra é sua nutriz” (os 4 elementos)

Separarás a terra do fogo, o sutil do espesso, docemente como Grande Indústria” (Arcano da Salvação, separação da matéria do espírito)

Ele sobe da Terra para o Céu, e denovo desce a Terra e recebe a força das coisas superiores e inferiores” (Lei da Evolução/Involução)

Terás por esse meio toda glória do número e toda escuridão se afastará de ti. É a Força forte de todas as Forças.” (Lei do Amor e do Sacrifício)

Por que ele vencerá toda coisa sutil, e penetrará toda coisa sólida.” (É pela lei do amor que o espírito move o Universo)

Assim foi criado o mundo” (Lei da Realização)

Disso saíram inúmeras adaptações cujo meio está aqui. Por isso fui chamado de Hermes Trismegistus, possuindo as 3 partes da filosofia do mundo” (Divino, Astral e Físico)

O que disse da cooperação do Sol está realizado e aperfeiçoado

Texto atribuido a Hermes, o primeiro alquimista, de acordo com a tradição.

Descida da Deusa ao mundo subterrâneo

Nos tempos antigos, nosso Senhor, o Cornudo, era (e ainda é) o Consolador, o Confortador. Mas os homens o conheciam como o terrível Senhor das Sombras, solitário, inflexível e justo. Mas nossa Senhora, a Deusa, resolveria todos os mistérios, até mesmo o mistério da morte; e assim ela viajou ao Mundo Subterrâneo. O Guardião dos Portais a desafiou…

“…Tira tuas vestes, põe de lado tuas jóias, pois nada tu podes trazer contigo o interior desta nossa terra.”

Assim ela se despojou de suas vestes e de suas jóias, e foi amarrada, como todos os vivos que buscam ingressar nos domínios da Morte, a Poderosa, têm que ser.

Tal era a beleza dela, que a própria Morte se ajoelhou e depositou sua espada e coroa aos seus pés…

… e beijou seus pés, dizendo: “Abençoados sejam teus pés, que te trouxeram por estes caminhos. Permanece comigo, mas deixa que eu ponha minhas mãos frias sobre o teu coração.”

E ela respondeu: “Eu não te amo. Por que fazes todas as coisas que amo e nas quais me comprazo fenecerem e morrerem?”

“Senhora” – respondeu a Morte – “trata-se da idade e da fatalidade, contra as quais sou impotente. A idade, o envelhecimento, leva todas as coisas a definharem; mas, quando os homens morrem ao desfecho de seu tempo, concedo-lhes repouso, paz e força para que possam retornar. Mas tu, tua és linda. Não retornes, permanece comigo.” Mas ela respondeu: “Eu não te amo.”

E então disse a Morte: “Se não recebem minhas mãos sobre seu coração, tens que te curvar ao açoite da Morte.” “É a fatalidade, melhor assim…” – ela disse e se ajoelhou. E a Morte a açoitou brandamente.

E ela bradou: “Eu conheço as aflições do amor.”

E a Morte se ergueu e disse: “Sejas abençoada.” E lhe deu o beijo quíntuplo, dizendo: “Assim apenas pode atingir a alegria e o conhecimento.”

Então a Morte desamarra os seus pulsos, depositando o cordel no chão.

E ele a ela ensina todos os seus mistérios e lhe dá o colar que é o círculo do renascimento.

A Deusa, então, toma a coroa e a recoloca na cabeça do Senhor do Mundo Subterrâneo.

E ela ensina a ele o mistério da taça sagrada, que é o caldeirão do renascimento.

A Deusa toma o cálice em ambas as mãos, eles se entreolham, e ele coloca ambas as mãos nas dela.

Eles se amaram e se tornaram um, pois há três grandes mistérios na vida do homem, e a magia os controla todos. Para realizar o amor, tendes que retornar novamente no mesmo tempo e no mesmo lugar daqueles que são os amados; e tendes que encontrá-los, conhecê-los, lembrá-los e amarrá-los de novo.

O Senhor do Mundo Subterrâneo solta as mãos da Deusa e esta recoloca o cálice no seu lugar. Ele toma o açoite em sua mão esquerda e a espada na sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraços cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima. Ela fica na posição da Deusa, pernas escarranchadas e braços estendidos formando o pentagrama.

As bençãos da Deusa

Eu sou a Deusa dos mil nomes,
Do poder infinito e dos múltiplos dons,
Manifestados na diversidade das minhas faces,
Honradas e veneradas ao longo dos milênios.

Eu sou Gaia, a Mãe Terra da antiga Grécia,
Coloquei a ordem na vastidão do caos,
Criando o universo no ritmo da minha pulsação.

Eu sou Ísis, a Deusa egípcia,
Ofereço a cura e a transformação,
Para quem as procura,
Pois tenho o poder de plasmar um novo mundo.

Eu sou Cerridwen dos Celtas,
No meu Caldeirão mágico guardo o alimento da alma,
A fonte inesgotável de sabedoria e inspiração,
Quanto mais eu dou, mais eu recebo.

Eu sou Athena da Grécia,
conhecida por minha sabedoria
Como meu totem – a Coruja
Ouço e vejo tudo o que se passa ao meu redor
Sou forte como o Carvalho,
Ou pacificadora como a Oliveira.

Eu sou Diana, a Deusa Lunar Romana,
Potetora das mulheres e das crianças,
Guardiã das florestas e dos animais,
Acerto as flechas no alvo dos meus desejos.

Eu sou Bast, a Deusa Gato do Egito,
Graciosa, sinuosa, brincalhona e afetuosa,
Irradio o calor e a luz do glorioso Sol.

Eu sou Freya, a bem amada Deusa Nórdica,
Sobrevoando o mundo, canto alegremente,
Celebrando os laços entre amigos e amantes,

Eu sou Hécate, a Tríplice Deusa grega,
Guardiã da noite e das encruzilhadas,
escolho o caminho que eu quero trilhar,
permeando a razão com o brilho da intuição.

Eu sou Ereshkigal da Assíria e Babilônia,
A Rainha do mundo subterrâneo,
Para crescer, desfaço-me da velha pele,
Sou detentora do profundo poder da renovação.

Eu sou Kwan Yin, a Deusa chinesa da compaixão,
Ouço e consolo as dores do mundo,
Protegendo as mães e seus filhos,
Ensinando a magia da mutação.

Eu sou Maat do Egito,
Verdade, justiça e lei são regras do meu universo,
Estabeleço a harmonia com meu poder divino.

Eu sou Rhiannon, a Deusa galesa eqüina,
Viajo livre, serena e segura no mundo,
Com minha voz melodiosa,
Acordo os mortos e adormeço os vivos.

Eu sou Sedna dos esquimós,
Conheça-me e honre-me através dos animais,
Ursos, baleias, focas e peixes,
Todas as criaturas da terra e do mar,
São parte de mim e têm o direito de viver.

Abençoado sejam todas as Deusas!

Assim Seja!

Sobre Deuses, Pássaros e Gaiolas

Eu não tenho religião. Não vou a igrejas, não participo de rituais, não acredito nos seus dogmas. Preciso não ter religião para amar a Deus sem medo, com alegria e, principalmente, sem nada pedir. Não tenho religião porque não concordo com as coisas que elas dizem de Deus. Deus é um Grande Mistério. Está além das palavras. Diante do Grande Mistério a gente emudece. Fica em silêncio. Discordo a partir do pronome “ele”. Deus “ele”, masculino? Onde foi que aprenderam sobre o sexo de Deus? Deus tem sexo? Se tem sexo, por que não ela, Deus mulher? Como a mulher do Cântico dos Cânticos? A Igreja Católica não conhece a mulher. Conhece apenas a “mãe” que foi mãe sem ter sido mulher. Deus: por que não uma flor, a mais perfumada? Por que não um mar sem fim onde a vida navega? Místicos houve que disseram que Deus é uma criança que nos convida a brincar… Mas pode ser também que Deus seja música, como pensaram os místicos pitagóricos.

Ter uma religião é falar as palavras sagradas daquela religião e acreditar nelas. As religiões se distinguem e se separam: pelas diferenças das palavras que usam para se referir ao sagrado. Se elas nada falassem, se houvesse apenas o silêncio diante do Grande Mistério, a Babel das religiões não existiria. Diante do Grande Mistério apenas uma palavra é permitida, a palavra poética, porque a poesia não o diz mas apenas aponta para ele. O Grande Mistério está além das palavras.

Se tenho uma religião ela se chama poesia. Por isso, amo a Cecília Meireles, sacerdotisa profana, que quando queria se referir a Deus falava sobre um mar sem fim, misterioso e selvagem. Quem em silêncio contempla o mar sem fim ouve vozes em meio ao barulho das ondas. Também Fernando Pessoa sabia disso. Mas, prestando bem atenção, é possível ver, a voar sobre o mar sem fim, um pequeno pássaro que canta: “Leve é o pássaro: e a sua sombra voante, mais leve. E a cascata aérea de sua garganta: mais leve. E o que lembra, ouvindo-se deslizar seu canto, mais leve…”

Os poetas escrevem em transe: não sabem sobre que estão escrevendo. Faz muitos anos, escrevi um livro para minha filha. Ela tinha 4 anos. Eu iria fazer uma demorada viagem pelo exterior e ela ficou com medo de que eu morresse e não voltasse. Apareceu-me, então, uma estória, A menina e o pássaro encantado. Resumida, era assim: era uma vez uma menina que amava um pássaro encantado que sempre a visitava e lhe contava estórias, o pássaro a fazia imensamente feliz. Mas sempre chegava um momento quando o pássaro dizia: “Tenho de ir”. A menina chorava porque amava o pássaro e não queria que ele partisse. “Menina”, disse-lhe o pássaro, “aprenda o que vou lhe ensinar: eu só sou encantado por causa da ausência. É na ausência que a saudade vive. E a saudade é um perfume que torna encantados a todos os que o sentem. Quem tem saudades está amando. Tenho de partir para que a saudade exista e para que eu continue a amá-la, e você continue a me amar…” E partia. A menina, sofrendo a dor da saudade, maquinou um plano: quando o pássaro voltou e lhe contou estórias e foi dormir, ela o prendeu numa gaiola de prata dizendo: “Agora ele será meu para sempre”. Mas não foi isso que aconteceu. O pássaro, sem poder voar, perdeu as cores, perdeu o brilho, perdeu a alegria, não mais tinha estórias para contar. E o amor acabou. Levou tempo para que a menina percebesse que ela não amava aquele pássaro engaiolado. O pássaro que ela amava era o pássaro que voava livre e voltava quando queria. E ela soltou o pássaro que voou para longe. A estória termina na ausência do pássaro e a menina se enfeitando para a sua volta.

Minha intenção, ao escrever esta estória, era simples: consolar a minha filha. Mas quando foi publicada ganhou um sentido que não estava nas minhas intenções: começou a ser usada em terapia, com casais possuídos pela ilusão de que, engaiolado, o amor seria posse eterna… Desde então passei a presentear noivos com uma gaiola da qual eu arrancava a porta. Mas, passado algum tempo, uma pessoa me disse: “Que linda estória você escreveu sobre Deus!” “Sobre Deus?”, eu perguntei sem entender. “Sim”, ela me respondeu. “O Pássaro Encantado não é Deus? E as gaiolas não são as religiões nas quais os homens tentam aprisioná-lo?” Aprendi, então, da minha própria estória, algo que não sabia: Deus como um Pássaro Encantado que me conta estórias. Amo o Pássaro. Odeio as gaiolas. O Pássaro Encantado: não pousa em galhos para cantar. Não é possível fotografá-lo. Canta enquanto voa. Dele, o que temos é apenas a sua leve sombra voante e a cascata aérea de sua garganta… Quando ouço o seu canto, ele já passou. Só é possível vê-lo em seu vôo, por trás. Vai-se o Pássaro. Fica a memória do seu canto.

Um pássaro voando é um pássaro livre. Não serve para nada. Impossível manipulá-lo, usá-lo, controlá-lo. Pássaro inútil. E esse é, precisamente, o seu segredo: a sua inutilidade: ele está além das maquinações dos homens. Sua única dádiva é o seu canto. Só faz um milagre, um único milagre: quando, chorando, lhe peço “Passa de mim esse cálice”, ele canta e o seu canto transforma a minha tristeza em beleza. Por isso eu nada lhe peço. Sei que ele não atende a pedidos. O seu canto me basta: ao ouvi-lo transformo-me em pássaro. E vôo com ele…

Mas aí vêm os homens com as suas arapucas e gaiolas chamadas religiões. E cada uma delas diz haver conseguido prender o Pássaro Encantado em gaiolas de palavras, de pedra, de ritos e magia. E cada uma delas afirma que o seu pássaro engaiolado é o único Pássaro Encantado verdadeiro…

Por que prenderam o Pássaro? Porque o seu canto não lhes bastava. Não lhes bastava a beleza. Na verdade, não o amavam. O que os homens desejam não é a beleza de Deus. O que eles desejam é manipular o seu poder. O que eles querem é o milagre. O canto do pássaro poderia lhes dar asas para voar. Mas não é isso que querem. O que desejam é o poder do pássaro para continuar a rastejar: Deus, transformado em ferramenta. Ferramenta é um objeto que se usa para se atingir um fim desejado. Assim são os martelos, as tesouras, as panelas… O que as religiões desejam é transformar Deus em uma ferramenta a mais. A mais poderosa de todas. A ferramenta que realiza os desejos. Como o gênio da garrafa. Pois não é isso que é o milagre, a realização de um desejo por meio da manipulação do sagrado? Só é canonizada santa uma pessoa que realizou milagres: o milagre é o atestado do seu poder para manipular o divino.

E é assim que as religiões se multiplicam, porque os desejos dos homens não têm fim, e os seus santuários se enchem de santos de todos os tipos, os santos milagreiros são nossos despachantes espirituais, todos eles a serviço dos nossos desejos, atenderão nossos desejos a preço módico, se rezarmos a reza certa e prometermos publicar o milagre em jornal, e pela televisão se anunciam fórmulas, sessões de descarrego, águas bentas milagrosas, exorcismo de demônios, os DJs de cada religião têm uma música na fala que lhes é própria…

Assim, a poesia do canto do Pássaro Encantado se transforma em manipulação do pássaro engaiolado. E não percebem que aquele pássaro que têm dentro de suas gaiolas não é o Pássaro Encantado, que não se deixa engaiolar, porque é como o vento, e voa como quer, e tem uma única dádiva a oferecer aos homens: a beleza do seu canto. À transformação da poesia em manipulação milagreira ? os profetas deram o nome de idolatria.


O homem e a mulher

O homem é a mais elevada da criaturas,
a mulher o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono,
para a mulher um altar;
o trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro,
a mulher o coração;
o cérebro produz a luz, o coração produz amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é o gênio,
a mulher é o anjo;
o gênio é imensurável, o anjo indefinível.
O homem tem a supremacia,
a mulher a preferência:
a supremacia significa a força, a preferência representa o
direito.
O homem é forte pela razão,
a mulher é invencível pelas lágrimas:
a razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos,
a mulher de todos os martírios:
o heroísmo nobilita, o martírio purifica.
O homem pensa,
a mulher sonha:
pensar é ter uma larva no cérebro, sonhar é ter na fronte uma
auréola.
O homem é um código,
a mulher é um evangelho:
o código corrige, o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um oceano,
a mulher o lago;
o oceano tem a poesia que deslumbra, o lago a poesia que adorna.
O homem é a águia que voa,
a mulher é o rouxinol que canta;
voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra,
a mulher onde começa o céu

Poema da autoria de Vito Hugo.

Como seduzir alguém de Caranguejo

Cancerianos guardam.

Guardam tudo: coisas, a si mesmos e a você também, caso esteja sob sua concha.

Antes de lhe dar acesso a essa área restrita, porém, nosso(a) amigo(a) caranguejo, deve ter ficado “de guarda” por muito tempo, observando você de longe, dando voltinhas, até ter certeza de que não seria rejeitado, de que você não oferece perigo, para só então permitir aproximações… E isso significa que você deve fazer esse movimento – não espere que um caranguejo venha direto ao seu encontro. Tenha cuidado pra não assustá-lo, ou fugirá correndo para sua toca.

A toca. Sua toca, sua casa, seu lar doce lar, que também pode ser a concha que carrega aonde vai… E o que é seu (do canceriano) está guardado, para alguém muito especial. Se você é do tipo que quer casar, ter casa, crianças e aquilo tudo, poderá ter em Câncer um companheiro para a vida inteira, felizes para sempre. E se ele não estiver feliz, é você que vai ter que descobrir e mandá-lo ir embora.

Esse bichinho fica com as pinças grudadas em sua velha pedra até que uma onda o arranque dali. Eles guardam tudo – lembranças, memórias, fotografias, bilhetinhos do início do namoro, a primeira música que dançaram e, a pior parte: guardam ressentimentos. Não o machuque, pois ele nunca esquecerá… E talvez você nunca fique sabendo o que fez, afinal.

Signo de elemento Água, ligado ao mundo dos sentimentos, este ser sensível é regido pela Lua e, como ela, está sempre mudando de fase, o que se reflete em suas flutuações de humor – num mesmo dia, hora… Você vai precisar aprender a ler os sinais e entender o que está acontecendo, o que ele está querendo… Não espere que a razão explique. Nem Freud explica.

Falando em Freud, há que atentar para uma questão importante: a mãe. Em geral são loucos por suas mães e conquistar a sogra pode ser uma grande estratégia para fisgá-lo definitivamente. Porém isso deve ser feito de coração, se não ele percebe e pode ser pior. Caso haja um daqueles casos mais complicados em que dizem odiar a mãe, bem, aí vai ser muito trabalhoso, mas de qualquer maneira, jamais apóie esse “ódio”, ou vai sobrar pra você.

A toca. Também pode ser a sua… Um convite para jantar em casa, principalmente se você preparou a comidinha, com um clima acolhedor e envolvente, pode ser fatal. Mas não tenha pressa, nem apresse o caranguejo… Já que ele gosta de andar pra trás, conte a sua vida (menos os seus romances), as histórias da sua família, mostre seu álbum de fotografias de infância…

Memórias… onde as gravar?

Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O bofeteado, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:

Hoje, meu melhor amigo deu-me um bofetada no Rosto.

Seguiram adiante e chegaram a um oásis, onde resolveram banhar-se. O que havia recebido a bofetada começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo.

Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:

Hoje, meu melhor amigo salvou minha vida.

Intrigado, o amigo perguntou: – Depois que te magoei escreveste na areia, e agora, escreves na pedra, porquê?

Sorrindo, o outro amigo respondeu: – Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de borrar e apagar da lembrança. » Por outro lado, quando nos acontece algo de grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde nenhum vento em todo o mundo o possa sequer borrar.

A rosa e os espinhos

Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente. Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, “Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?”

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e antes mesmo de estar pronta para desabrochar ela morreu.

Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: São as qualidades dadas por Deus. Dentro de cada alma temos também os espinhos: São as nossas faltas.

Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e conseqüentemente, isso morre. Nunca percebemos o nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas. Portanto alguém mais deve mostrar a elas. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.

Esta é a característica do amor. Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras qualidades. Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.

Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes. Portanto Sorria !!! e descubram as rosas que existe dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam…


Justiça… Divina?

Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.

O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.

Disse o juiz: – Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do senhor. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra INOCENTE e noutro a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto. O senhor decidirá seu destino, determinou o juiz.

Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca.. Não havia saída. Não havia alternativa para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.

O homem pensou alguns segundos e pressentindo a vibração aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e engoliu-o.

Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

– Mas o que você fez? – E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?

– É muito fácil, respondeu o homem. Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei de engolir o seu contrário.

Imediatamente o homem foi liberado.

Por mais que as coisas possam parecer sem saída, você não deve desanimar nunca, acredite em você, na sua intuição, na ajuda dos anjos e com certeza você será vencedor!