O “porquê” de amar

Na platéia, o casal de pais assistem, orgulhosos, à grande performance do garoto na quadra.

Terminado o jogo, indo para casa, os pais dizem ao pequeno garoto, – Você é maravilhoso. Nós te amamos!

Dois dias depois, hora do pequeno garoto chegar em casa, vindo da escola. Apesar da chuva, nem tão forte assim, os pais não se preocupam pois o garoto tem com o que se proteger. Observando da janela o pai vê o garoto subindo a rua, todo molhado, andando em meio a enxurrada que corria próximo ao meio-fio. Imediatamente chama a mãe para ver o que o filho aprontava.

Quando o garoto entra em casa é aquela bronca. – Quantas vezes já dissemos para não tomar chuva. Você não vê que pode adoecer e vai dar muito trabalho. Tome um banho quente e “de castigo” no quarto. Hoje não tem vídeo-game e nem nenhuma outra brincadeira.

Uma semana depois, a família assiste, maravilhada, à um espetáculo no circo. O pequeno cachorrinho salta entre aros e faz outras peripécias.

Voltando para casa o menino diz aos pais, – Sabem, às vezes me sinto igual ao cachorrinho do circo. Se vou bem: vocês me amam. Se vou mal: castigo!

Esta é uma mensagem que precisa tocar corações e mentes de todos os pais e mães: vocês não amam suas crianças por causa do que elas fazem, mas por causa de quem elas são.

Simplesmente recompensar crianças com afeto por causa de suas realizações é como o treinador do circo que dá um petisco qualquer ao cachorro todas as vezes que ele salta pelo aro. O cachorro não é amado por ele mesmo, mas por suas ações.

Você não deve demonstrar afeto simplesmente porque uma criança é boa no karaté, na ginástica, ou sei lá em que! Toda mãe e todo pai precisa memorizar as palavras: “Eu amo você acima de tudo porque você é você”.

Este texto de Sergio Barros, Baseado em texto de Neil Eskelin, lembra algo que como pais muitas vezes esquecemos.


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