Ajustes de atitude para novos pagãos

Durante meus 13 anos na Arte, e particularmente nos últimos dois anos em que comecei a aceitar aprendizes, notei um certo número de peculiaridades entre muitos dos membros mais jovens e recém-entrados na comunidade Pagã. Peculiaridades que vão de mais ou menos irritantes a tremendamente nojentas. Muitos desses problemas caem na categoria de Atitude com A maiúsculo.

Antes de avançar, devo dizer que tenho certeza de ter sido culpada das mesmas coisas em meus primeiros anos na Arte. Encaremos o fato, nós todos fomos. Aliás, aqueles de nós que classificam as atitudes atuais como “nouveau witch” – emperequetar-se todo em preto e com cristais, ankas e pentagramas pendurados em todas as partes concebíveis do corpo; insistir em informar a todos, do motorista de táxi à garçonete da birosca que é um bruxo; ou demonstrar seus recém-descobertos Grandes Poderes Psíquicos traçando pentagramas de invocação para convocar um ônibus atrasado ou ficar analisando em voz muito alta a aura dos outros na rua – costumavam ser os piores quando éramos jovens. Não estou dizendo que todo wiccaniano experiente seja necessariamente um perfeito anjo (desculpem a metáfora judaico-cristã). Ainda que muitos de nós superem esses hábitos tediosos com o tempo, ocasionalmente um ou mais deles permanecem. E, acreditem-me, é muito mais fácil livrar-se deles quando se é novo do que lidar com eles depois que se tornam hábitos estabelecidos.

Bem, tendo isso em mente, ofereço os seguintes Exercícios de Reconhecimento e Ajuste de Atitude:

ATITUDE 1 – Olhe para mim, sou uma Bruxa!

Reconhecimento

Se você está lendo no Metrô um livro sobre a Arte, faz questão de segurá-lo de forma a que todos possam ver o título? Quantos adereços você usa normalmente são específica e obviamente ligados ao ocultismo? Você se pilha falando ininterruptamente sobre a Arte, especialmente na presença de não-pagãos? todas as pessoas que você conhece sabem que você é wiccaniano? Ficam sabendo cinco minutos após te conhecerem?

Ajuste

Não estou dizendo para voltarmos para o “armário de vassouras”, mas pense em como se sentiria se trabalhasse com um Cristão renascido (N.doL. corrente evangélica neopentecostal à qual pertence, por exemplo, George W. Bush) que não conseguisse parar de falar em Jesus. Ficaria entediado rapidamente, não? Falar ininterruptamente sobre a Arte para não-pagãos provavelmente vai apenas encher a paciência deles, além de dar a impressão que somos todos fanáticos religiosos obsessivos.

Primeiro, esteja ciente do problema. Cada vez que se perceber falando da Arte em meios não-pagãos, preste atenção e pense a respeito. Era realmente necessário dizer o que disse? Se não, qual seu verdadeiro motivo? Você apenas está habituado a falar livremente por andar com outros pagãos? Ou, talvez, culpado de tentar ostentar um pouquinho para afugentar a hesitação? Não se preocupe, todos nós fazemos isso de vez em quando. O importante é saber quando está fazendo, de forma a poder lidar com isso.

Estabeleça para si mesmo o desafio de pensar antes de falar sempre. Pergunte a si mesmo: eles precisam saber disso? Se não, por que estou dizendo? Tente perceber como parece/soa para os outros. Lembre-se do que nós freqüentemente falamos sobre os fundamentalistas: qualquer um que esteja genuinamente seguro de em paz com a própria fé não tem a necessidade em enfiá-la na garganta dos outros o tempo todo. Não significa não mencionar nunca – apenas lembre, moderação em tudo.

Lembre-se dos tradicionais quatro poderes do ocultista: saber, ousar, querer e calar. Trabalhe nisso!

ATITUDE 2 – Vivendo uma Vida Mágica – 24 Horas por Dia!

Reconhecimento

É parente próximo da atitude número 1: é um outro meio de garantir que o mundo todo saiba que você é pagão, mas dessa vez com ações em vez de palavras. Você está sempre fazendo pequenos atos de magia a cada cinco minutos? E garantindo que todos saibam o que está fazendo?

Ajuste

Antes de mais nada, esteja atento, como no número 1. pense antes de agir. É necessário? Não existe um meio mais fácil e não-mágico de fazer o que quer? Quais são os seus verdadeiros motivos para fazer mágica neste momento e na frente desta platéia? Mais uma vez não estou dizendo para nunca fazê-lo – uma das melhores coisas da Arte é que ela pode e deve ser vivida o tempo todo. Mas seja discreto. Se quer praticar a leitura de auras dentro do ônibus, vá em frente, mas você não precisa apregoar os resultados conforme os atinge. Há milhões de pequenas maneiras de fazer de sua religião e sua arte parte de seu dia-a-dia sem precisar se exibir. Tente estar ciente de seus motivos. Pratique usando sua Arte de formas que não sejam óbvias. Leia novamente os comentários do número 1.

ATITUDE 3 – Guerras de Bruxas

Reconhecimento

Alguns dizem que a fofoca é o segundo passatempo favorito da comunidade pagã (perdendo para a síndrome de Pega – colecionar objetos brilhantes); outros afirmam que, se tiver que escolher entre conseguir um novo badulaque e saber alguma sujeira sobre alguém que mal conhece, a maioria dos pagãos vai sempre escolher a fofoca.

Vale dizer que isso é provavelmente natural. Pegue um grupo de pessoas – de qualquer tipo – e a primeira coisa da qual elas vão falar é, adivinhe, das outras pessoas. Entretanto, há uma sutil diferença entre o disse-me-disse inevitável de uma comunidade e a fofoca genuinamente maliciosa. Se você não tem certeza da diferença, pergunte-se: Eu diria isso na cara pessoa a que se refere? Diria isso para alguém que sei ser amigo dela? Se não, por que estou dizendo por trás?

Mais ainda: pergunte-se se você realmente tem certeza de que o que está dizendo é verdade, ou se apenas ouviu de alguém que ouviu de alguém que ouviu de alguém etc. E mesmo se você souber que é verdade, é realmente necessário espalhar essa verdade? As pessoas às quais você está falando têm alguma necessidade de saber o que você está contando, além da curiosidade?

Ajuste

Parecida com a número 1. Pense antes de falar. E lembre-se dos quatro poderes, especialmente o primeiro e o quarto.

Não, não, não repita qualquer fofoca a respeito de outra pessoa, por mais deliciosa que seja, senão estiver absolutamente certo dos fatos. Não presuma que qualquer pessoa seja uma fonte infalível de informação, não importa o grau, tradição ou nível de respeito dentro da comunidade. Sacerdotes são humanos, como qualquer um.

Há pelo menos dois lados de cada história, e geralmente mais. Não suponha que você entende uma situação com base no relato de uma pessoa, principalmente se não conhecer todos os envolvidos. Se você ouve histórias horríveis de um lado de um conflito, de qualquer espécie, por que não procurar a outra pessoa e pedir a ela que conte seu lado da história? Você ficará surpreso ao perceber como a mesma situação parece diferente quando vista de duas perspectivas.

E mesmo se você estiver certo o bastante de que conhece os fatos, pense um pouco se é realmente necessário dizer o que sabe. Fofoca, disse-me-disse e “Guerras de Bruxas” pouco fazem para fortalecer uma comunidade. Elas não estão, para dizer de forma gentil, em sintonia com os princípios de perfeito amor e perfeita confiança.

Se você acha que alguém representa uma verdadeira ameaça à comunidade ou que está acontecendo algo de que as pessoas devem estar informadas, conte aos outros (supondo, claro, que você tem certeza de que é verdade). Mas no caso de fofoca inútil, ou você-não-sabe-da-última, deixe para lá. Lembre-se que são necessários dois para fazer fofoca – o que fala e o que ouve. Se alguém começar a falar algo que viole os princípios acima, você não precisa ouvir. Você sempre pode dizer “Eu preciso ouvir isso?”ou “Se você tem um problema com fulana, por que não fala com ela em vez de falar comigo?” ou o que achar melhor.

Esse é um dos hábitos mais difíceis de romper, e todos nós incorremos nele de vez em quando, mas é um dos maiores problemas em nossa comunidade, logo, vale o esforço.

ATITUDE 4 – Eu sou o bom!

Reconhecimento

Todo mundo tem algo a ensinar e algo a aprender, algo em que é bom e algo em que não é tão bom assim. Mas você vai descobrir que é mais vantajoso – e as pessoas vão descobrir que é mais fácil de lidar – se você evitar se vangloriar constantemente de tudo em que é bom ou que pensa saber mais que os outros, e se concentrar mais em aprender com os outros e melhorar nas suas fraquezas, em vez de fazer quem todos saibam de seus pontos fortes.

Por um motivo, se você é como a maioria das pessoas, provavelmente não sabe tanto quanto pensa. Uma das primeiras coisas que aprendi após minha iniciação como Sacerdotisa é que há muito mais coisas aí que eu não sei do que coisas que eu sei. O aprendizado nunca termina. Cada iniciação, cada conquista, é um novo início e, principalmente se você ainda está em seus primeiros tempos na Arte, vale mais aprender que ensinar, que dar conselhos que ninguém pediu ou jactar-se do que aprendeu até agora.

Confiança excessiva também pode ser perigosa, levando-o a tentar coisas que realmente não sabe como fazer. Um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa. Não enfadá-los detalhando de todo exorcismo mal feito de que ouvi falar, ou dos revezes psíquicos e feitiços fracassados que eu mesma encarei, ou mesmo dos tentaram regressões a vidas passadas e acabaram falando com quatro vozes diferentes numa cela acolchoada no Instituto Clarke (N.doL.: famoso manicômio dos EUA). Basta dizer que o poder da magia é real, assim como são os perigos. Na dúvida, não tente.

Ajuste

Tente contar o número de vezes durante um dia típico em que você diz frases que começam com “eu”, especialmente “eu posso…”, “eu sei…”, “eu sou realmente bom em…”, “eu sei como…” etc. E tente diminuir esse total. Pense: a pessoa com quem estou falando realmente precisa saber isso? Sou realmente o especialista que penso ser? Essa pessoa tem algo a me ensinar, algo que ela sabe mais do que eu? O que eu posso aprender com eles ? Até um idiota tem algo a ensinar. Lembre-se da frase da Rede Wiccaniana, de Doreen Valiente: “Fale pouco, ouça muito”. Pratique isso.

E se você estiver pensando em fazer qualquer tipo de trabalho mágico que nunca fez antes, peça conselho a alguém que já fez. Se lhe disserem que você ainda não está pronto, ouça. Aprender a arte não é uma corrida. Não é ser o primeiro da turma a fazer esse ou aquele feitiço ou dominar esse ou aquele talento. Preste atenção ao que Starhawk chama de “trabalho básico de magia” e tenha certeza que você o aprendeu antes de tentar brincar com fogos de artifício. Ou, em outras palavras, não tente correr enquanto não tiver dominado completamente a arte de andar.

ATITUDE 5 – Não é simplesmente uma boa idéia – É a Lei!

Reconhecimento

Você considera cada palavra do seu professor como uma Escritura Sagrada? Ela não faz nada que te pareça errado? Você pede conselho a ele todas as vezes que precisa tomar uma decisão, não importa o quão trivial? Você acha que as práticas da sua tradição estão gravadas na pedra e fica horrorizado se vê alguém agindo de outra forma? Você tem o hábito de sair proclamando aos quatro ventos que qualquer um que te irrite está violando a Lei da Arte? Você censura abertamente os recém-chegados no círculo e sai apontando em voz alta todas as peças de vestuário ou ornamentos que ele não deveria usar na sua tradição?

Ajuste

Relaxe , porra! Respire fundo. Solte esses músculos anais. Tome uma pílula de ervas para os nervos – aliás, tome três. Então encare os seguintes princípios: Seu professor não é perfeito. você não é perfeito. ninguém é perfeito. Sua tradição não é a única que existe. “A lei foi feita para guiar, não para atar.” O céu provavelmente não vai cair porque alguém está no círculo usando uma vestimenta de US$ 5 comprada de um camelô e que poderia parecer muito uma vestimenta sacerdotal da sua tradição se vista à luz de velas através de uma pesada fumaça de incenso por alguém com visão 20/200.

Agora, pode-se argumentar que esse problema de atitude pode, pelo menos para iniciantes, ser menos daninho que seu oposto, a visão eu-posso-tudo citada acima. E é certamente melhor ter uma consciência superdesenvolvida que uma subdesenvolvida. Mas os danos não devem ser subestimados. Alguém que precisa o tempo todo que lhe digam o que fazer e que se agarra à forma da Lei a ponto de ignorar seu espírito carece seriamente de intuição, confiança e capacidade de julgamento.

Cedo ou tarde sua professora não vai estar por perto quando você precisar. Ou não haverá uma lei que se aplique a uma determinada situação em que você se encontre (na verdade, provavelmente não há – ouço um monte de gente com esse problema afirmar que várias coisas são “contra as Leis da Arte” que não são abordadas em nenhuma versão das Leis que eu conheça). Quando isso acontecer, você vai ter que aprender a fazer algo que é mais difícil quanto mais tarde começar. Isso mesmo, você vai ter que aprender a pensar por si mesmo.

Falando apropriadamente, “fundamentalista pagão” deveria ser uma contradição de termos. A Arte sempre deu muito valor à consciência individual, à intuição e ao “livre exercício da sabedoria”. Somos, em última análise, responsáveis por nossas consciências perante os Deuses, e não os vejo segurando um livro de regras numa mão e fichas na outra, marcando ansiosamente cada suposta ofensa como se fossam faltas numa prova de direção.

Certamente não estou sugerindo que você vá ao outro extremo e abrace o enfoque vale-tudo, deixa-rolar e você-cria-sua-própria-realidade adotado pelas tradições mais “Californizadas”. A Lei – em todas as suas numerosas variações – existe por um motivo: fornecer uma base firme em ética, costumes e visão de mundo wiccaniana. Se você decidiu estudar com um professor, deve respeitar sua autoridade. Mas isso não significa abdicar de sua capacidade de pensamento crítico.

Da mesma forma, qualquer que seja a tradição com a qual trabalhe, presumivelmente você está nela porque sente que é a ideal para você. Mas isso não significa que seja a ideal para todos. Não fique se agarrando a tecnicalidades – olhe, em vez disso, para as idéias básicas e para as intenções que sublinham as práticas mágicas e espirituais, e você provavelmente verá que diversas tradições da Arte têm mais em comum do que pensa.

E por favor, por favor , resista à tentação de agir feito um sargentão sempre que vir alguém fazer algo que considere errado. O ritual inteiro não vai fracassar só porque algum novato deu dois passos no sentido anti-horário ou não olhou para o quadrante certo na hora certa, ou esqueceu de tirar o relógio, ou que for. relaxe. Se você acha que deve falar com ele, fale – de forma educada e respeitosa e, se possível, após o ritual. Se você fica entrando em pânico por qualquer errinho, vai se estressar à toa e afastar as outras pessoas. Não sue por coisas pequenas. Não vale a pena.

Encontre texto divertidos relacionados com religião no Blog do Millennium. Texto da autoria de Lynna Landstreet

17 ideias para salvar o mundo

Informe-se

Acompanhe as notícias sobre o meio ambiente, atualize-se, estude a fundo os aspectos que mais lhe interessam.

Aja localmente

Pense a respeito de como colaborar na família, na vizinhança, na escola dos filhos e na comunidade. Participe mais de tudo e difunda suas idéias sobre um mundo melhor.

Pense localmente

Estabeleça vínculo entre temas locais e globais. Apesar de magnitudes diferentes, os dois universos se correlacionam.

Some

Antes de pensar em formar uma organização não-governamental, procure uma parecida á qual você se possa associar.

Optimismo é fundamental

Envolva-se de maneira criativa e divertida. Se quer atrair outras pessoas, pense em discursos e eventos positivos.

Seja efetivo

Envolva-se, torne-se activo, mas não duplique suas obrigações. Trabalhe para ampliar sua efectividade.

Crie notícia

Identifique temas que possam interessar a muitas pessoas. Então, escreva para jornais, revistas, redes de rádio e TV.

Planeje sua família

Se a população da Terra, em 2050, ficará em 7,9 ou 10,9 bilhões de pessoas, conforme projeta a ONU, a diferença será de um filho por casal.

Não polua

Não jogue pilhas e baterias de celular no lixo comum. Mantenha bacias hidrográficas, rios, represas e lagoas livres de lixo ou qualquer tipo de resíduo. Lembre-se: o cano que sai da sua casa provavelmente desagua num rio, numa lagoa ou no mar.

Preserve a biodiversidade

Espécies animais e vegetais merecem respeito. Plante árvores. elas produzem oxigênio e são abrigos para aves.

Seja coerente

Economize energia, água, prefira equipamentos que não prejudiquem a camada de ozônio, reutilize materiais, recicle o lixo caseiro, use menos o carro, ande mais a pé, evite produtos de origem animal.

Passe a sua vida a limpo

Reveja seu estilo de vida. Pense num padrão condizente com o mundo sustentável.

Boicote

Engaje-se em movimentos de boicote a produtos que não respeitam o meio ambiente. Aliás, nem espere por moviemntos: faça isso sempre que cair a ficha.

Eleja e cobre

Fiscalize o trabalho e a postura dos deputados e senadores ligados à sua comunidade ou cidade. Escreva para eles fazendo sugestões ou cobranças.

Separe o joio

Nunca na história tivemos acesso a tanta informação – e também a tantas opiniões diferentes. Faça a coisa certa.

Ensine as crianças

Preparar as novas gerações à luz de princípios ecológicos é a garantia de um mundo mais redondo daqui para frente.

Acredite no futuro

Estimule idéias inovadoras, invista em grupos não-governamentais, renove sua crença de que tudo vai dar certo. Quanto mais pessoas acreditarem na paz, mas ela será possível.


Esparguete de Eros

Ingredientes

  • 300g espaguete
  • 1/4 xícara (chá) queijo parmesão ralado
  • 1/4 xícara (chá) queijo ementhal ralado
  • 1/4 xícara (chá) queijo cheddar ralado
  • 1/4 xícara (chá) queijo gouda ralado
  • 1/2 xícara (chá) creme de leite fresco
  • 1 colher (sobremesa) manteiga
  • sal
  • pimenta do reino
  • 1 colher (sobremesa) manjeiricão

Preparação

Cozinhe a massa e escorra bem. Misture os queijos, o creme de leite e a manteiga numa panela de cerâmica e leve ao fogo baixo até ferver, mexendo sempre com uma colher de pau.

Adicione o sal e a pimenta a gosto e o manjericão. Jogue a massa suavemente na mistura e mexa.

Consagre o feitiço a Vénus e Eros.

Silfos – Elementais do Ar

Os silfos são, dentre os elementais, os que mais se aproximam da concepção que geralmente fazemos dos anjos e fadas, e freqüentemente trabalham lado a lado com esses mesmos anjos. Eles correspondem à força criadora do ar. A mais suave das brisas, assim como o mais violento dos furacões são resultado de seu trabalho.

O ar é a fonte de toda energia vital. Tem recebido nomes variados em diversas partes do globo como prana, chi, ki etc. mas é sempre essencial à vida. Podemos passar sem comida ou água por períodos mais ou menos longos, entretanto é impossível viver sem ar por um período prolongado de tempo, pois respirar é necessidade básica à manutenção da existência. Nem todos os silfos trabalham e vivem obrigatoriamente na atmosfera.

Muitos possuem elevada inteligência e trabalham para criar o ar e correntes atmosféricas adequadas à vida na Terra. Quando respiramos profundamente e sentimos um doce frescor no ar, estamos nos familiarizando com o fruto do trabalho deles.

Vários silfos desempenham funções específicas ligadas à atividade humana. Alguns trabalham para aliviar a dor e o sofrimento. Outros para estimular a inspiração e criatividade. Uma de suas tarefas mais específicas consiste em prestar auxilio às almas de crianças que acabam de fazer a transição. Também atuam temporariamente como anjos da guarda até estarmos mais receptivos e preparados.

Um silfo é designado para acompanhar cada ser humano ao longo de sua existência. Este silfo nos ajuda a conservar e desenvolver o corpo e aperfeiçoar os processos mentais. Assim, nossos pensamentos, bons ou maus, afetam-nos intensamente. Eles encorajam a assimilação de novos conhecimentos e fomentam a inspiração. Trabalham para purificar e elevar nossos pensamentos e inteligência, e também nos auxiliam a equilibrar o uso conjunto das faculdades racionais e intuitivas.

No plano físico, nosso silfo pessoal trabalha para que assimilemos melhor o oxigênio presente no ar que respiramos, bem como para manter adequadamente todas as outras funções que o ar desempenha no corpo e no meio ambiente. A exposição à poluição, fumaça, etc. afeta a aparência do silfo e compromete severamente a eficiência de seu trabalho no âmbito de nossas vidas.

Eles freqüentemente se apresentam sob forma humana, mas são assexuados e chegam a inspirar este tipo de comportamento em alguns seres humanos. Tenho observado que as pessoas nas quais predomina a actividade dos silfos geralmente não colocam a sexualidade no topo de sua lista de prioridades, e freqüentemente não conseguem compreender por que isso ocorre com tanta gente. Embora pareça indicar uma certa ruptura com o plano sentimental (elementais da água), devemos ser bastante cautelosos ao fazer tais presunções. O que acontece é que os silfos direcionam este ímpeto sexual e criativo para outros canais de expressão, a saber o próprio trabalho. Contudo, é preciso muito cuidado para não incorrer em extremos; afinal, nenhum de nós pode prescindir de um equilíbrio entre os quatro elementos. Uma conexão muito forte com os espíritos e elementais do ar torna nossa mente tão ativa que ela passa a requerer constante controle e direção. Pode gerar excesso de curiosidade e intrometimento, paralisar a vontade em virtude da exagerada análise mental e hiperestimular o sistema nervoso, fazendo com que necessitemos de frequentes mudanças. Além disso, pode ocasionar diversas formas de excentricidade, ou ainda induzir a um fanatismo acompanhado de falta de emoção e de sensibilidade. Também costuma gerar um desprendimento em relação ao que é físico e total desinteresse pelas actividades terrenas. Já a falta de afinidade com os seres deste reino, incluindo o nosso silfo pessoal, pode distorcer nossa capacidade de percepção a ponto de eliminar o bom senso. É possível que fiquemos tão envolvidos com actividades e emoções que não sobre tempo para refletir sobre a própria vida. A tremenda falta de visão perspectiva que resulta disso pode debilitar gravemente o sistema nervoso e, sob essas condições, a curiosidade e imaginação tornam-se escassas ou mesmo inexistentes.

Os silfos provocam inspiração e afetam as faculdades mentais. A conexão com nosso silfo pessoal facilita a assimilação de novos conhecimentos, pois ele trabalha conosco para expandir a sabedoria.

Também são úteis na proteção do lar e propriedades em geral, porque suas abundante energia confunde as mentes de possíveis intrusos, preocupando-os e fazendo com que pensem duas vezes antes de invadir o espaço alheio.

A sintonia com o silfo pessoal confere acesso ao reino dos arquétipos. Ajuda a coordenar e verbalizar nossas percepções. Estimula a liberdade, o equilíbrio mental e uma saudável curiosidade.

A maneira mais eficaz de controlar nosso silfo pessoal é por meio da constância. Uma abordagem consistente e determinada da vida é indubitavelmente a melhor de todas, pois só ela assegura o pleno cumprimento de nossas resoluções.

Comercial da Paz

Esse comercial não tem mulher de biquíni,
não tem cachorro,
não tem criança,
não tem bebezinho.

Esse comercial não tem casal,
não tem beijo,
não tem pôr-do-sol,
não tem família tomando café da manhã.

Esse comercial não tem música de sucesso,
não tem efeito especial,
não tem tartaruga jogando bola.

Esse comercial não tem gente famosa
nem garoto-propaganda,
porque esse comercial é pra vender um produto
que ninguém precisa ser convencido a comprar.

Esse comercial é para vender um produto
que você adora consumir,
e que por sinal,
você até já comprou,
só que não estão entregando.

É um produto que não tem marca
nem tem slogan,
não tem embalagem
nem faz promoção tipo leve três, pague dois.

Esse comercial é todo branco
porque, desse jeito,
ele pode ser entendido aqui
e no mundo inteiro.

Aliás, seria muito bom
que esse comercial
pudesse passar no mundo inteiro.
Porque o produto que esse comercial quer vender
é a PAZ.

Enquanto o pessoal que precisa comprar a paz não compra,
faça assim:
pegue o estoque de paz que você ainda tem em casa,
e use.

Use no trânsito.
Use na fila do banco.
Use no elevador.
Use no futebol.

Paz é um produto interessante,
porque quanto mais você usa,
mais você tem.

E se todo mundo usar,
quem sabe chegue um dia
em que ninguém mais
precise fazer um comercial
para vender a paz.

Poema de Washington Olivetto

As profissões de Capricórnio

Um funcionário Capricorniano atarefado é um funcionário feliz. Eles precisam de milhares de projetos e muita responsabilidade. Não há som mais triste que o suspiro de um funcionário capricorniano sem nenhuma responsabilidade.

Eles precisam se sentir necessários. São veladamente ambiciosos – normalmente não o são aberta ou obviamente – mas você normalmente perceberá como eles são sérios e determinados em seu progresso.

Eles são absolutamente escrupulosos, tanto que podem até desacreditar de si mesmos, mas não são alvos fáceis. Eles podem arrasar até mesmo os mais duros adversários, com sua incrível persistência.

Uma vez que tenham estabelecido uma meta, trabalham duro até o final – mesmo que o alvo seja aquela venda difícil ou destrinchar a nova versão do software.

Capricornianos não trabalham de graça, no entanto. Esperam ser bem pagos e ganhar mais e mais responsabilidade. Eles precisam se mostrar, e sabem que o ambiente de trabalho é seu veículo principal. Contudo, não se meterão nas típicas fofocas e poticagens de escritório.

Eles querem se desincumbir das tarefas e não vêem espaço para ficar de bobeira. Com um forte senso de dever e respeito em relação a seus superiores, é raro que eles se juntem ao grupinho para falar mal do chefe ou “do sistema”, a menos que eles vejam nisso um modo de sair da organização.

Eles podem se sentir frustrados, contudo, com esquemas gerenciais paradisíacos que desafiem o senso comum, e logo inserirão seu áspero senso de humor do jeito mais crítico possível.

Se desejarem mudanças, serão incansáveis. Se todos os seus esforços os levarem a nada, o resultado será um estado de profunda depressão, mesclado a desesperança. Mantenha seu funcionário de Capricórnio feliz, pagando-o de modo justo e dando-lhe muito trabalho duro.

Articule para ele um caminho de crescimento dentro da organização. Se você não o fizer, você certamente o encontrará procurando por outras oportunidades.


A Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral
pináculo de catedral
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo de Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

Poema de António Gedeão

Uma dedicação para Gaia

Um dia, eu acordei tarde e mal tive tempo de tomar banho e ma vestir antes de passar correndo pela porta. E, quando parei na varanda, reverenciando o nascer do sol ou vendo o vento correr por entre as árvores, eu senti a presença de Gaia. Ela apareceu para mim grandiosa e sorridente, seus quadris se movendo em um ritmo que uma vez eu conheci, mas há tempos não conseguia ouvir direito. Eu reconheci pela primeira vez em meses a alegria e a beleza que existiam na criação da Senhora.

Ela ficou parada na minha frente, os seios tremendo de indignação, e demandou saber,

Filha, você me ama?

Eu respondi prontamente,

Mas claro, Mãe! Você é o que cuida do meu Sustento e me dá vida.

Então ela me perguntou,

E se eu houvesse lhe feito imperfeita, sem as pernas ou os braços, ainda assim você me amaria?

Perplexa, eu baixei o olhar, fitando minhas pernas e braços e o resto de meu corpo, o qual, apesar de todos os meus esforços, chegavam a ser quase tão grandiosos quanto os Dela. Pensei em todas as coisas que não poderia fazer sem a ajuda desses membros e pensei novamente neles e na crueldade de receber um corpo mais farto do que o permitido pela sociedade moderna. Eu percebi então que eu sempre subestimei as coisas que eu poderia fazer com esse corpo perfeitamente saudável.

E eu respondi,

Você fez meu corpo imperfeito, e eu sofri entre os já nascidos por causa disso. Ainda assim ele não é tão imperfeito ou dilacerado como outros corpos que já vi por ai. Eu sou grata pelo que me foi dado, Mãe, e eu assim mesmo a amo.

Então Gaia disse,

E se você fosse cega, ainda assim você amaria minha criação?

Como poderia eu amar algo sem poder enxerga-lo?

Então pensei em todas as pessoas cegas no mundo, e um amigo em particular cujas observações sobre as obras de Gaia eram muito mais profundas do que as minhas. Me lembrei de uma época em que a cegueira era considerada um presente dos deuses, e uma marca de seus preferidos. Como todas essas pessoas enxergavam toda a criação sem poder vê-la? E, considerando isso, o véu caiu, descobrindo minha visão interior, e eu entendi que uma pessoa não precisava ver a criação para poder enxergá-la.

Então respondi,

Gaia, quando a visão física é tirada, a Visão interior permanece. É essa visão interior que faz com que suas outras Crianças experienciem sua Criação. Eu posso fazer isso também; Eu sinto as energias ao meu redor. Eu ainda poderia amar suas criações Mãe, mesmo que não pudesse mais vê-las. É a aparência interior que conta, não a exterior.

Gaia sorriu e pareceu como se achasse estar finalmente chegando ao ponto desejado com essa sua criança errante.

E se fosse surda? Ainda assim poderia me ouvir?

Ah, Ela estava sendo tão complicada hoje! Eu me atrasaria para o escritório se ela prosseguisse por mais tempo. Ainda assim, mesmo contra minha vontade, como uma semente que cai dentro de uma rachadura no concreto, sua pergunta achou seu lugar para germinar em uma mente que eu julgava estéril. Como poderia eu ouvir o som do vento, ou o canto dos pássaros se eu fosse surda? Então eu entendi.

Gaia e sua criação não eram uma questão de ouvir com os ouvidos; você também tinha que escutar com o coração.

Eu respondi,

Eu dependo muito de meus ouvidos e não o suficiente em meu coração. Seria muito difícil, mas se eu fosse surda eu teria que deixar meu coração me guiar. Eu acho que ainda poderia escutar você Mãe.

Ela sorriu com satisfação e me fez ainda outra pergunta:

E se fosse muda? Como você agradeceria a criação e se comunicaria Comigo?

O que? Não cantar no círculo com minhas amigas pagãs? Nenhuma invocação para o Senhor e para a Senhora? Nenhum chamado para os elementos? Como eu poderia me comunicar sem o uso de minha língua? Então me veio o pensamento: canções podem ser cantadas com a alma e com o coração sem nenhum som; essa é a linguagem que Gaia melhor entende. E enaltecê-la nem sempre se dá por canções e sim por ações.

Eu humildemente respondi.

Eu gostaria que minhas acções falassem da maneira que minha língua seria incapaz. Eu, ainda assim, conseguiria me comunicar com você.

E Gaia então perguntou uma última vez,

Você realmente me ama?

Com a convicção de que eu não havia entendido o propósito desta lição eu respondi com a certeza que me foi possível demonstrar,

Sim Mãe! Eu a amo porque você me deu estes presentes e me mostrou seus verdadeiros valores.

Gaia então se apoiou em seus quadris, enormes como a criação, e gesticulou pondo as mãos calejadas de seus constantes plantis e colheitas entre os seios.

Então, porque tens vergonha de mim? Porque não põe em uso os presentes que te dei? Porque não vive cada dia aproveitando a imensidão da criação que eu pus a seus cuidados?

Com as lágrimas brotando de meus olhos eu respondi,

Os outros não enxergam os valores dos presentes que você me deu. Eles olham somente para meu corpo, e dizem que eu sou um horror ou uma desgraça.

E esse corpo é tão mal assim? Ele é forte e livre de defeitos, e poderia realizar grandes feitos se tão somente sua dona se interessasse por fazê-los. Eu te fiz à minha imagem ,criança. Se você não se ama, como pode possivelmente me amar?

Não respondi desta vez, não tendo nenhuma resposta que se adequasse a tal pergunta.

Você é abençoada com a vida. Eu não lhe fiz para que você desperdiçasse este presente. Eu te abençoei com talentos para que você pudesse me servir, mas você continua se esquivando. Eu revelei minha palavra para você, mas seus ouvidos estavam fechados. Eu lhe mostrei minhas bênçãos, mas seus olhos estavam cegos a elas. Eu lhe dei minhas criaturas, para que você cuidasse delas, mas você as ignora. Ainda assim eu ouvi sua voz e respondi suas dúvidas. Você realmente me ama, criança?

Eu não pude responder. Como poderia? Eu estava estarrecida além da compreensão. Gaia havia me mostrado nada além de recompensa e amor e eu havia permitido a opinião de alguns já nascidos aterrá-los com a ignorância. Eu não tinha desculpas, O que poderia eu dizer para Ela, a graciosa Senhora que havia me dado sua própria forma para que eu pudesse me utilizar de tais talentos?

Eu gritei então,

Por que você continuou me ouvindo? Por que me ama se eu não posso retribuir esse amor para mim mesma ou para Você?

Gaia então me abraçou e respondeu:

Porque você é minha criação, você é Minha criança, Eu não poderia nunca te abandonar, Quando você chora eu terei compaixão e chorarei com você. Quando estiver transbordando de alegria eu rirei com você. Quando estiver se sentindo mal e desencorajada eu te animarei. Quando cair eu irei amortecer sua queda. Quando estiver cansada, irei ninar você em meus braços até que você durma. Você é uma criança de Gaia e como tal você amará e será amada.

Ela desapareceu, me deixando com a mente cheia de novos pensamentos e o coração aberto para os caminhos do mundo uma vez mais. Eu comi então uma maçã, pensando em tudo o que se passava dentro de mim e notei o quão maravilhoso o nascer do sol era.

Uma escola de 57 Centimos

Uma pequena menina soluçava próxima a uma pequena igreja da qual ela tinha sido mandada embora porque “estava muito cheia”. – Eu não posso ir à escola dominical. – Ela soluçou para o pastor quando ele passou por ela.

Vendo seu rostinho, sua aparência desleixada, o pastor encontrou a razão e, tomando-a pelas mãos, levou-a para dentro e achou um lugar para ela na turma da escola dominical.

A criança estava tão tocada que à noite, quando foi para a cama, ela pensava – Por que existem crianças que não têm nenhum lugar para adorar Jesus?

Dois anos mais tarde, esta criança estava morta em um dos pobres edifícios da cidade e os pais pediram ao bondoso pastor, que ajudara seu filha, para cuidar dos arranjos finais. Enquanto o pobre e pequeno corpo era carregado, uma carteira que parecia ter sido achada em uma lata de lixo caiu do bolso do amassado e velho vestidinho. Dentro da carteira foram encontrados 57 centavos e um bilhete rabiscado com uma caligrafia infantil onde se lia, Isto é para ajudar a construir uma pequena igreja para que crianças pobres possam ir a escola dominical.

Por dois anos ela economizou este oferecimento de amor. Quando o pastor leu aquele bilhete, ele soube imediatamente o que fazer. Levando a nota e a carteira para o púlpito, ele contou sobre aquele amor e devoção desinteressados. Ele desafiou seus diáconos a trabalharem e criarem fundos suficientes para o edifício maior. Mas a história não para por aí! Um editor de jornal soube da história e publicou. Foi lida por um corretor imobiliário que lhes ofereceu um terreno de muito valor. Quando o pastor disse que a igreja não podia pagar tanto, ele ofereceu o terreno por 57 centavos. Membros da igreja fizeram grandes doações. Cheques vieram de toda a parte. Em cinco anos o pequeno presente da menina subiu para mais de $250.000,00 – uma quantia considerável para a época (próxima da viragem do século [Nota: Na passagem do século 19 para o 20]).

Seu amor desinteressado rendeu grande dividendo.

Quando você estiver na cidade de Filadélfia, procure pelo templo da Igreja Batista, com capacidade para 3.300 pessoas e pela Universidade do Templo, onde centenas de alunos são preparados para a vida. Dê uma olhada, também, no Good Samaritan Hospital e no prédio da escola dominical que aloja centenas de crianças, de forma que nenhuma criança na área precisará ficar de fora.

Em algumas salas destes prédios podem ser vistos retratos do doce rosto da pequena menina, cujos 57 centavos, então economizados com muito sacrifício, fez tal história notável. Junto há um retrato do amável pastor, Russel H. Conwell, autor do livro, “Acres of Diamonds”.


Pensamentos

Um dia, aconteceu que dois anjos estagiários em missão de ajuda na Terra, depois de vagarem exaustivamente por todos os cantos, regressavam frustrados por não terem podido praticar nenhum tipo de salvamentosequer. Parece que naquele dia, o mal estava de folga. Enquanto voltavam tristes, os dois se depararam com dois lavradores que seguiam por uma trilha. Neste momento, um deles disse para o outro:

– Tive uma idéia! Que tal darmos nosso poder a estes dois lavradores por quinze minutos para ver o que eles fazem?

O outro respondeu: – Você ficou maluco? O Mestre não vai gostar nada disto!

Mas o primeiro retrucou: -Pois eu acho que ele até vai gostar! Vamos fazer isto e depois contaremos para ele.

E assim o fizeram. Tocaram suas mãos invisíveis na cabeça dos dois lavradores e se puseram a observá-los.

Poucos passos adiante eles se separaram e seguiram por caminhos diferentes, cada um indo para casa depois de trabalhar o dia inteiro na lavoura. Um deles, alguns passos depois de começar a andar sozinho, viu um bando de pássaros voando em direção à sua lavoura, e passando a mão na testa suada disse: – Por favor meus passarinhos, não comam toda a minha plantação! Eu preciso que esta lavoura cresça e produza, pois é daí que tiro o meu sustento.

Naquele momento, ele viu espantado a lavoura crescer e ficar prontinha para ser colhida em questão de segundos. Assustado, ele esfregou os olhos e pensou: – Devo estar cansado! E acelerou o passo. Aconteceu que logo adiante ele caiu ao tropeçar em um pequeno porco que havia fugido do chiqueiro. Mais uma vez, esfregando a testa ele disse:

– Você fugiu de novo meu porquinho! Mas, a culpa é minha, eu ainda vou construir um chiqueiro decente para você.

Mais uma vez espantado, ele viu o chiqueiro se transformar num local limpo e acolhedor todo azulejado, com água corrente e o porquinho já instalado no seu compartimento. Esfregou novamente os olhos e apressando ainda mais o passo disse mentalmente: – Estou muito cansado!

Neste momento ele chegou em casa e, ao abrir porta, a tranca que estava pendurada caiu sobre sua cabeça. Ele então tirou o chapéu, e esfregando a cabeça disse: – De novo, e o pior é que eu não aprendo. Também, não tem me sobrado tempo. Mas ainda hei de ter dinheiro para construir uma grande casa e dar um pouco mais de conforto para minha mulher.

Naquele exato momento aconteceu o milagre. Aquela humilde casinha foi se transformando numa verdadeira mansão diante dos seus olhos. Assustadíssimo, e sem nada entender, convicto de que era tudo decorrente do cansaço, ele se jogou numa enorme poltrona que estava na sua frente e, em segundos, estava dormindo profundamente.

Minutos depois ele ouviu alguém pedir socorro: -Compadre! Ajude-me! Eu estou perdido!

Ainda atordoado, sem entender muito o que estava acontecendo, ele se levantou correndo. Tinha na mente, imagens muito fortes de algo que ele não entendia bem, mas parecia um sonho. Quando ele chegou na porta,encontrou o amigo em prantos. Ele se lembrava que poucos minutos antes eles se despediram no caminho e estava tudo bem. Então perguntando o que havia se passado ele ouviu a seguinte história: -Compadre, coisas muito estranhas aconteceram depois que nós nos despedimos.

No caminho para minha casa, eu vi um bando de pássaros voando em direção à minha lavoura. Este fato me deixou revoltado e eu pensei e gritei

– Vocês de novo, atacando a minha lavoura, tomara que seque tudo e vocês morram de fome!

Naquele exato momento, eu vi a lavoura secar e todos os pássaros morrerem diante dos meus olhos! Pensei comigo, devo estar cansado, e apressei o passo.

Andei um pouco mais e cai depois de tropeçar no meu porco que havia fugido do chiqueiro. Fiquei muito bravo e gritei mais uma vez:

– Você fugiu de novo? Por que não morre logo e pára de me dar trabalho?

Compadre, não é que o porco morreu ali mesmo, na minha frente! Acreditando estar vendo coisas, andei mais depressa, e ao entrar em casa, me caiu na cabeça a tranca da porta. Naquele momento, como eu já estava mesmo era com raiva, pensei e gritei novamente:

– Esta casa… Caindo aos pedaços, por que não pega fogo logo e acaba com isto?

Para surpresa minha, compadre, naquele exato momento a minha casa pegou fogo, e tudo foi tão rápido que eu nada pude fazer!

– Mas…compadre, o que aconteceu com a sua casa? De onde veio esta mansão?

E o outro então respondeu:

– Para mim também aconteceram coisas muito estranhas… mas meus pensamentos e palavras foram completamente diferentes dos seus!