Acalanto Inutil para a Tristeza

Andei por aí de madrugada
Entre copos, risos, canções,
Brincando de ser contente,
Falando coisas banais.

Da mesa simples de um bar
Fiz um berço pra esse tédio impertinente
Dormir ou me deixar.
E pra acalentar a tristeza
Cantei samba e fiz piada.

Mas quando o dia chegou
Fechando os olhos da noite,
Minha tristeza acordou
E me sorriu uma lágrima,
Dizendo: “Amiga, bom-dia
Que saudade de você!”

Poema de Virgínia Vendramini.

Inkari e Qoyari

Durante a época em que o Sol não existia, vivia um povo na Terra cujo poder era tão grande, que podia fazer as pedras caminharem ou converter montanhas em pradarias com um simples arremesso de sua lança. A Lua irradiava seu mundo-sombrio, iluminando debilmente as atividades das pessoas conhecidas como nyauwpa machu, os anciães.

Certo dia o Roal, o supremo espírito criador e chefe dos Apus (espíritos das montanhas), perguntou aos nyauwpa machu se gostariam que lhes legasse parte de seu poder. Cheios de arrogância, eles responderam que já tinham poder e não precisavam de mais. Irritado por esta resposta, o Roal criou o Sol e ordenou que brilhasse no mundo. Terrificados e quase cegos pelo brilho do corpo celestial, eles buscariam refúgio em pequenas casas, a maioria das quais tinha suas portas voltadas para o nascente. O calor do sol desidratou, fazendo com que seus músculos aos poucos se tornassem nada mais do que carne seca, presa aos ossos. No entanto, eles não morreram e então viraram os soq’os (espíritos perigosos), que saem algumas tardes durante o anoitecer, ou na noite de lua nova.

A Terra ficou inativa e os espíritos das montanhas decidiram forjar novos seres. Eles criaram Inkari e Qoyari, um homem e uma mulher com pleno conhecimento. Eles deram a Inkari um bastão de ouro e a Qoyari uma varinha, como símbolo de poder e zelo. Inkari recebeu a ordem de fundar uma cidade no local onde seu bastão de ouro cravasse na terra, em pé. Ele tentou o primeiro arremesso, mas o bastão apenas caiu no chão. Na segunda tentativa, o bastão entrou na terra em um ângulo oblíquo, entre montanhas negras e as margens de um rio. Apesar de o bastão ter caído perpendicular, Inkari decidiu fundar a cidade ali mesmo, chamada Q’Eros. As condições não eram muito propícias e por isso achou conveniente construir sua capital ali próximo, na mesma região, começando a trabalhar pesado nas atuais ruínas de Tampu.

Cansado desse trabalho sujo e cansativo, Inkari desejou se banhar, mas o frio era muito intenso. Por isso, ele decidiu trazer as águas termais de Upis, construindo ali os banhos que ainda hoje existem.

Inkari construiu sua cidade apesar da orientação diferente dada pelos Apus, o que fez com que esses, para faze-lo compreender seu erro, permitissem que os nyauwpa machu, que observavam Inkari cheios de inveja e rancor, tomassem nova vida. O primeiro desejo dos nyauwpa machu foi exterminar o filho dos espíritos das montanhas e, para isso, pegaram gigantescos blocos de pedra e os fizeram rolar pela encosta na direção de onde Inkari estava trabalhando.

Amedrontado, Inkari fugiu para a direção do Lago Titicaca, onde a tranqüilidade do local permitiu que meditasse. Ele voltou uma vez mais em direção ao rio Willkañusta. Divertiu-se primeiro nos picos de La Raya e de lá lançou seu bastão de ouro pela terceira vez, e este caiu direto em uma terra num fértil vale. Ali ele fundou a cidade de Cuzco, onde viveu por muito tempo. Q’Eros não podia ficar esquecida, e por isso Inkari mandou seu primogênito ir lá para povoar a cidade.

Seus outros descendentes foram mandados para vários locais onde fizeram surgir a linhagem reais dos Inkas. Tendo completado seu trabalho, Inkari decidiu partir novamente na companhia de Qoyara, para ensinar seu conhecimento ao seu povo. Passando novamente por Q’Eros, ele desapareceu na floresta, mas não sem antes deixar a pista de suas pegadas, que ainda podem ser vista nas ruínas de Mujurumi e Inkaq Yupin, até o dia em que o Inka retornar.

O Cobrador

Depois de um dia de caminhada pela mata, mestre e discípulo retornavam ao casebre, seguindo por uma longa estrada. Ao passarem próximo a uma moita de samambaia, ouviram um gemido. Verificaram e descobriram, caído, um homem. Estava pálido e com uma grande mancha de sangue, próximo ao coração. O homem tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência. Com muita dificuldade, mestre e discípulo carregaram o homem para o casebre rústico, onde trataram do ferimento.

Uma semana depois, já restabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e que ao reagir fora ferido por uma faca. Disse que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse. Disposto a partir, o homem disse ao sábio:

– Senhor, muito lhe agradeço por ter salvo minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti.

O mestre olhou fixo para o homem e disse:

– Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz.

O homem ficou assustado e disse:

– Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!

– Se não podes pagar pelo bem que recebestes, com que direito queres cobrar o mal que lhe fizeram?

O homem ficou confuso e o mestre concluiu:

– Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que te aconteçam nessa vida, pois essa vida pode lhe cobrar tudo que você deve. E com certeza você vai pagar muito mais caro.


As profissões de Escorpião

Funcionários de Escorpião normalmente emanam uma autoconfiança silenciosa. Eles são auto-suficientes e não dependem dos outros para se sentirem importantes. Eles mantêm sua vida privada separada do trabalho e assumem completa responsabilidade por seus atos e sua situação.

Eles não ficam pedindo desculpas; apenas tomam conta de sua própria vida e esperam que todos os demais façam o mesmo. Aqueles que não o fizerem, colegas e gerentes, terão de enfrentar a ira do Escorpiano.

Eles não se incomodam em absoluto de se manifestar quando acham que algo está errado, qualquer que seja a situação. E se você os desafiar, fique certo de que haverá retaliação. Eles não admitem insultos ou oposição.

Se você gerencia um funcionário Escorpiano, certifique-se de cumprir sua palavra e não quebrar nenhuma promessa – o Escorpiano vai perceber e criar pesados ressentimentos contra você, se o fizer. Você pode nem se dar conta até que seja tarde demais – mas pode ter certeza que você saberá.

Funcionários de Escorpião reagirão aos outros à sua volta exatamente como são tratados. Quando conseguem o que querem, são muito receptivos. Se você está tentando motivar ou trabalhar com um colega de Escorpião, cuide de tratá-lo com respeito e de agir profissionalmente.

Dê a eles tarefas desafiantes que lhe permitam usar sua esplêndida autoconfiança e coragem.


Perca a Barriga

Pegue uma vela branca, um copo d’água e uma imagem de Santo Antônio enrolada numa fita métrica .

Meça com a fita métrica a sua barriga, faça uma marca na fita com uma caneta, antes de enrolar a mesma na imagem do Santo.

ATENÇÃO

Caso a barriga seja em função de excesso de cerveja, coloque atrás da imagem de Santo Antônio uma garrafa de cerveja vazia .

Coloque tudo isso ao seus pés e se deite-se no chão, de costas.

Toque então as pontas dos dedos (da mão) nas pontas dos pés (que não devem se afastar do chão), dizendo bem alto:

SANTO ANTÓNIO, ME TIRA ESSA BARRIGA!

Repita isso 500 vezes por dia até chegar ao ponto desejado.

Você vai ver: é tiro e queda!


Construindo Pontes

Dois irmãos, que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma bolsa de ferramentas de carpinteiro na mão.

– Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum serviço para mim.

-Sim, disse o fazendeiro. Claro. Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use-a para construir uma cerca bem alta.

-Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.

O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.

O homem ali ficou cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de uma cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do rio. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou furioso e disse:

-Você foi atrevido construindo esta ponte depois de tudo o que lhe contei.

Mas, as surpresas não pararam aí. Ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imovél do seu lado do rio. O irmão mais novo falou:

-Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse!

De repente, num impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte.

O carpinteiro que fez o trabalho partiu com sua caixa de ferramentas.

-Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.

E o carpinteiro respondeu:

-Eu adoraria… mas tenho outras pontes a construir


Contradição

Amo você, ainda que seja errado,
Amo você, mesmo sendo pecado.
Não sei mais guardar meu segredo
E fujo de você com medo
De revelar o que você já sabe,
O que todo o mundo sabe.

Amo você, meu pôr de sol,
Meu segredo de polichinelo,
Meu brinquedo que chegou tão tarde,
Pássaro impossível de manter cativo,
Chave inútil da felicidade.

Amo você!… Amo! Amo!…
Mas, por favor, não ouça
O que lhe diz este poema tolo,
Não lhe preste atenção, não creia,
Pois meu amor é feito de areia,
É só mentira, como todo amor.

Poema de Virgínia Vendramini.

Oração a São Jorge

São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito


Os doze trabalhos de Heracles

Entre os Romanos era conhecido como Hercúles, e foi com esse nome que ficou mais conhecido até aos nossos dias. Os gregos, no entanto, chamavam-lhe Heracles. Esta é a história dos seus doze trabalhos.

O grande Zeus, rei dos deuses, teve muitos casos amorosos com mulheres mortais, para grande desconsolo de sua esposa, a deusa Hera. As crianças nascidas desses amores eram semideuses e nenhum foi maior do que Héracles, concebido para ser protetor tanto dos homens quanto dos deuses. Zeus deitou com Alcmena, a mãe de Héracles, disfarçado como seu marido, Anfitrião, que estava longe, guerreando. Zeus mandou que o tempo diminuísse sua velocidade para que uma noite durasse três. Quando Anfitrião regressou, no dia seguinte, Alcmena estava cansada demais para dar-lhe as boas vindas ao lar; ela já estava grávida do filho de Zeus.

Nove meses mais tarde, Zeus gabou-se no Olimpo do herói, seu filho, que estava para nascer. “Seu nome será Héracles, e ele governará a nobre Casa de Perseu”. Hera ficou furiosa, especialmente porque o nome Héracles significava “Glória de Hera”. Ela foi até Zeus e lhe perguntou: “Você jura que a criança que nascerá hoje na Casa de Perseu será o rei de Micenas?” “Juro”, disse Zeus. Hera imediatamente foi até Micenas e apressou o nascimento de Euristeu, primo de Héracles. Depois foi sentar-se fora da porta do quarto de Alcmena e a enfeitiçou para que ela não desse à luz até o dia seguinte. Zeus não podia voltar atrás em sua palavra, e assim Euristeu, em vez de Héracles, tornou-se rei. No entanto, Hera concordou que se Héracles pudesse cumprir Doze Trabalhos, a serem determinados por Euristeu, ele poderia tornar-se deus. Alcmena ficou tão assustada por estar metida no meio de uma briga entre Zeus e Hera que abandonou seu bebê fora de Tebas, a principal cidade de Micenas. Zeus, vendo o que acontecia, pediu à deusa Atena que levasse Hera para passar por ali. “Olhe esta criança tão forte, Hera”, Atena exclamou. “Sua mãe deve ser louca para abandoná-lo. Você está amamentando, Hera. Dê-lhe um pouco de leite.”

Assim, deixando o bebê amamentar em seu seio, Hera foi induzida a salvar a vida de Héracles. Mais tarde, Atena devolveu o bebê para Alcmena. “Guarde-o bem”, ela disse.

Um ano mais tarde, Hera tentou novamente despistar os planos de Zeus. Mandou duas terríveis serpentes, com escamas azuis e olhos flamejantes, para que enfiassem suas presas envenenadas na criança adormecida. De manhã, Alcmena encontrou Héracles sentado, murmurando de prazer, e pendurando as duas serpentes mortas nas grades de seu berço. Ele as tinha estrangulado com as suas próprias mãos. Esta foi apenas uma das maravilhosas façanhas praticadas por Héracles na infância. Ele cresceu alto e ereto, com olhos orgulhosos e força descomunal. Gostava de correr sob as estrelas, aprendeu a refletir e também a lutar. Era um especialista tanto no arco quanto na javalina, mas sua arma preferida era uma maça cortada de uma oliveira selvagem.

Finalmente chegou o tempo em que Héracles deveria cumprir os Doze Trabalhos que fariam dele um deus. A primeira tarefa determinada por Euristeu era para ser a última, pois ele pediu ao primo que matasse o leão de Neméia, uma temível besta cujo couro era invulnerável a qualquer arma. Quando Héracles chegou à Neméia, não conseguiu achar ninguém que lhe dissesse onde estava o leão, pois este tinha devorado todos em seu caminho. Ele se pôs a caçá-lo pela região e acabou descobrindo seu covil. Lá esperou até que o leão regressou da caça, sua juba manchada com o sangue de suas vítimas.

Héracles disparou contra o leão com seu arco, mas as flechas simplesmente resvalavam. Atacou-o com sua espada, mas os golpes repercutiam em suas mãos. Então ele seguiu a criatura até dentro da caverna e lá a agarrou e esganou até a morte.

Quando Héracles voltou a Tebas, usando a pele do leão como armadura, o rei Euristeu quase desmaiou. “Da próxima vez”, disse, “só me avise que cumpriu a tarefa. Não é preciso vir pessoalmente”.

Pois Euristeu estava aterrorizado, temendo que Héracles pudesse fazer com ele o mesmo que havia feito com o leão de Neméia.

Vários dos Trabalhos de Héracles eram de natureza semelhante – ele era enviado para lutar contra um monstro e conseguia, com força e astúcia, matá-lo ou capturá-lo. Sua Segunda tarefa foi matar a Hidra de muitas cabeças, uma criatura tão terrível que cheirar seu hálito já era fatal. Cada vez que ele cortava uma de suas cabeças, nasciam outras. Mas finalmente ele a matou.

Héracles foi enviado contra a corsa de Cerínia, o javali de Erimanto, as aves do Estinfale, o touro de Creta, as éguas de Diomedes e o gado de Gerião. Foi também enviado para roubar o cinto dourado da rainha das Amazonas, Hipólita, que Euristeu queria dar para sua filha, Admete.

Todas essas tarefas foram cumpridas por Héracles. Mas as três que faltavam eram de natureza diferente.

“É evidente que ele pode caçar e lutar”, disse Euristeu. “Mas vamos ver como se sai com o trabalho pesado”.

Héracles foi enviado para limpar os estábulos do rei Augias. Euristeu e seus cortesãos estouraram de riso ao pensarem nisso, pois os estábulos de Augias jamais haviam sido limpos. O excremento do gado e dos cavalos se amontoava tanto que o local estava coberto de esterco.

“Ele não será capaz de olhar para o nariz depois de um ou dois anos carregando esterco”, brincou Euristeu, “mesmo sendo filho de um deus. Ele nem vai querer usar mais o nariz!”

Mas Héracles não se intimidou. Quando chegou aos estábulos, disse ao rei Augias: “Ao anoitecer já terei terminado”.

A primeira coisa que Héracles fez foi abrir dois buracos nos muros do estábulo. Então desviou dois rios próximos para que passassem pelo meio dos estábulos e, em um dia, tinha varrido os estábulos, e os campos e vales estavam limpos novamente. Assim Héracles removeu as montanhas de esterco sem sujar nem suas mãos.

O décimo primeiro Trabalho era mais complicado. Héracles foi enviado para conseguir algumas maçãs de ouro do Jardim das Hespérides, que estão no Ocidente longínquo, no Monte Atlas. As maçãs crescem numa árvore que foi o presente de casamento para a deusa Hera dado por Gaia, a mãe terra. Era cuidado por três virgens, as Hespérides. Além disso, uma feroz serpente estava enrolada na árvore para proteger os frutos preciosos dos ladrões.

Héracles não sabia como roubar este tesouro e decidiu pedir conselho aos deuses. Eles lhe disseram que apenas Nereu, o Velho do Mar, sabia como encontrar o Jardim das Hespérides. Héracles agarrou Nereu enquanto este dormia e o agarrou com firmeza, pois Nereu mudou de forma muitas vezes tentando escapar. Finalmente, Nereu lhe disse tudo que precisava saber.

Em vez de ir direto para o Jardim, Héracles procurou Atlas, cuja tarefa eterna era segurar os céus em seus ombros. “Você deve estar cansado de suportar este peso tão grande”, disse Héracles. “Se você fizer uma coisa para mim, eu o substituo um pouco.”

“O que eu tenho que fazer?”, perguntou Atlas ansioso.

“Apenas pegar para mim uma das maçãs douradas que suas três filhas cuidam. Certamente elas lhe darão uma.”

“Minhas filhas podem me dar a maçã, mas a serpente que guarda a árvore certamente irá me matar.”

“Eu atiro uma flecha na serpente, de fora do Jardim.”

“Neste caso eu farei o que você me pede.”

Assim Héracles matou a serpente e assumiu a carga de Atlas. Quando Atlas voltou com as maçãs, estava assobiando uma canção alegre. “É tão bom caminhar livremente pelo mundo”, disse. “Eu mesmo levarei estas maçãs para Euristeu. Você é um rapaz bem forte, capaz de segurar os céus para mim” Héracles tinha sido advertido por Nereu de que isso aconteceria. Então disse: “Depois do que você fez por mim, com prazer eu fico aqui. Mas sinto que os céus já estão esfolando minha cabeça. Se você pegá-los de novo por um momento, eu farei uma almofada de grama.

Atlas deixou as maçãs e tomou os céus de volta. Mas em vez de fazer uma almofada, Héracles simplesmente pegou as maçãs e foi-se embora.

“Muito obrigado!”, gritou.

O décimo segundo Trabalho de Héracles era o mais difícil. Ele tinha de descer ao Hades, o Mundo dos Mortos, e trazer de volta o cão vigia do inferno, Cérbero, que tinha três cabeças. O trabalho de Cérbero era manter os mortos no Hades, e os vivos fora de lá. Quando Héracles desceu ao Mundo dos Mortos, viu muitos amigos e heróis lendários de tempos passados, que pareciam saudá-lo, ou ameaçá-lo. Mas ele sabia que eram simplesmente sombras, e os ignorou em sua busca pelo cão.

Ele foi saudado pelo próprio Hades e por sua esposa, Perséfone. Hades riu e disse: “O cão é seu se puder pegá-lo”. E Héracles, reunindo toda a sua coragem, jogou seus poderosos braços ao redor do animal, esganando-o como tinha feito com o leão de Neméia, e o arrastou para o mundo do dia.

Cérbero uivou e ganiu todo o caminho para a luz, e onde as gotas de saliva caíam de sua boca, nasciam acônitos venenosos.

Quando Héracles chegou a Tebas com o cão, seu primo Euristeu ficou tão atemorizado que o implorou que ele o levasse de volta. E foi esse o fim dos Trabalhos de Héracles.

No final, a morte chegou à parte mortal de Héracles quando ele vestiu uma camisa que sua mulher tinha acidentalmente embebido de veneno. No entanto, sua parte imortal, que vive para sempre, não podia ser vencida. Enquanto sua sombra mortal vagueia no Hades, seu ser imortal guarda as portas do Paraíso.

Diz-se que quando Héracles subiu para juntar-se aos deuses, Atlas tremeu sob o peso extra.


Parecer Integro

A história é sobre um ladrão que fora preso. O incidente aconteceu em 1887 em um pequeno supermercado de bairro quando um cavalheiro de meia-idade, Emanuel Nenger, deu à caixa uma nota de $20 para pagar por verduras e legumes que estava comprando. Quando a caixa colocou a nota na gaveta, notou que da nota escorria tinta em suas mãos, que ficaram molhadas ao embrulhar as verduras.

Ela conhecia o Sr. Nenger há anos e estava chocada. Ela pensou – Este homem está me dando uma falsa nota de $20?

Mas ela despachou o pensamento imediatamente e deu a ele o seu troco. Mas $20 era muito dinheiro naqueles dias então ela comunicou o fato à polícia que, depois de obter uma ordem de busca, foi até a casa de Emanuel Nenger onde encontraram, em seu sótão, as ferramentas que ele esteve usando para reproduzir as falsas notas. Também encontraram um cavalete de pintura, pincéis, e a tinta que Nenger estava meticulosamente usando para pintar o dinheiro falso. Ele era um mestre.

A polícia também achou três quadros pintados por Nenger. As pinturas foram vendidas em leilão público por pouco mais de $16,000! A ironia é que ele levou quase tanto tempo para pintar algumas poucas e falsas notas de $20 quanto para pintar aqueles quadros que foram vendidos por mais de $5,000 cada.

Esta história me lembra de pessoas que gastam muito tempo e esforço criando uma “imagem” que possam apresentar para as pessoas com as quais entram em contato. Elas sairão de seu caminho para fazer você pensar que são generosos ou têm alguma outra grande qualidade. A ironia é que desprendem quase tanto esforço para criar estas “máscaras” quanto precisariam para desenvolver mesmo as qualidades – e que são infinitamente mais valiosas!

Pare por um momento e pense bem: você está mais interessado em desenvolver um bom coração, ou em tentar fazer as pessoas “pensarem” que você tem um bom coração?