Propriedade para venda?

O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

– Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o Senhor tão bem conhece. Poderá redigir o anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:

Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda.

Meses depois, o poeta encontra-se com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

– Nem pense mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.

Moral da história: Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros.


A árvore dos desejos

Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraíso. E no conceito indiano de paraíso existem árvores-dos-desejos. Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado.

Não há intervalo entre o desejo e sua realização.

O homem estava cansado, e pegou no sono sob a árvore-dos-desejos. Quando despertou, estava com muita fome, então disse:

– Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar. E imediatamente apareceu comida vinda do nada simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar.

Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera – quando se está com fome, não se é filósofo. Começou a comer imediatamente, a comida era tão deliciosa…

Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito. Outro pensamento surgiu em sua mente:

– Se ao menos pudesse conseguir algo para beber…

E imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo o vinho relaxadamente na brisa fresca do paraíso, sob a sombra da árvore, começou a pensar:

» O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao redor que estão fazendo truques comigo?

E espíritos apareceram. E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente:

» Agora vou ser assassinado, com certeza…!!

E ELE FOI ASSASSINADO.

Esta é uma antiga parábola e de imenso significado. Sua mente é a árvore-dos-desejos – o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, se realiza. Às vezes o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma maneira, “desejou” aquilo. Então não faz a ligação com a fonte.

Mas se olhar profundamente, perceberá que todos os seus pensamentos, com medos/receios, estão criando você e sua vida. Eles criam seu inferno ou criam seu paraíso. Criam seu tormento ou criam sua alegria. Eles criam o negativo ou criam o positivo…

Todos são mágicos. E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico a seu redor… E aí são apanhados. A própria aranha é pega em sua própria teia. Ninguém o está torturando… A não ser você mesmo.

E uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer. Então você pode dar a volta, pode mudar seu inferno em paraíso. É simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente… A responsabilidade é toda sua.

Seu “paraíso” depende de VOCÊ.


Iniciação e Ritos de Passagem

Em todas as sociedades primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou ritos de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representavam igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo portanto tanto o cunho individual quanto o coletivo.

Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene.

Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia. Para as mulheres, isso se dava geralmente no momento da primeira menstruação, marcando o fato que, entrando no seu período fértil, estava apta a preparar-se para o casamento. Para os rapazes, essa cerimônia geralmente se dava no momento em que ele fazia a caça e o abate do primeiro animal. Ligadas, portanto, ao derramamento de sangue, essas cerimônias significavam a integração daquela pessoa como membro produtivo da tribo: ao derramar sangue para a preservação da comunidade (pela procriação ou pela alimentação), ela estava simbolicamente misturando o seu próprio sangue ao sangue do seu clã.

Variadas cerimônias marcavam, ainda, a idade adulta. Entre os nativos norte-americanos, algumas tribos praticavam um rito onde a pele do peito dos jovens guerreiros era trespassada por espetos e repuxada por cordas. A dor e o sangue derramado eram, dessa forma, considerados como uma retribuição à Terra das dádivas que a tribo recebera até ali.

Outras cerimônias seguiam-se, ao longo da vida. O casamento era uma delas, e os ritos fúnebres eram considerados como a última transição, aquela que propiciava a entrada no reino dos mortos e garantia o retorno futuro ao mundo dos vivos.

Todas essas cerimônias, no entanto, marcavam pontos de desprendimento.

Velhas atitudes eram abandonadas e novas deviam ser aceitas. A convivência com algumas pessoas devia ser deixada para trás e novas pessoas passavam a constituir o grupo de relacionamento direto. Muitas vezes, a cada uma dessas cerimônias, a pessoa trocava de nome, representando que aquela identidade que assumira até então, não mais existia – ela era uma nova pessoa.

Nos tempos atuais e nas sociedades modernas, muitos desses ritos subsistiram embora muitos deles esvaziados do seu conteúdo simbólico. Batismo e festas de aniversário de 15 anos, por exemplo, são resquícios desse tipo de cerimônia, que hoje representam muito mais um compromisso social do que a marcação do início de uma nova fase na vida do indivíduo.

No entanto, a troca do símbolo pela ostentação pura e simples, acaba criando a desestruturação do padrão social. Tomando o batizado cristão como exemplo, poderia-se perguntar quantas pessoas que batizam os seus filhos são, realmente, cristãs. Quantas pretendem realmente cumprir a promessa solene, feita em frente ao seu sacerdote, de manter a criança na fé dos seus antepassados? Obviamente, nas sociedades primitivas, tais promessas eram obrigações indiscutíveis e sagradas. Rompê-las era colocar em risco a própria sobrevivência da tribo como unidade coerente, o que não era, ao menos, cogitável.

Texto da autoria de Jan Duarte.

A lenda da Pantera e do Dragão

Contam as lendas xamânicas orientais que existia um Dragão mau que assolava a floresta, seu único objetivo era a destruição da natureza, este Dragão, temia a Pantera, pois esta tinha o hálito tão doce que a simples abertura de sua boca poderia destruir o Dragão, mas ele sabia que a Pantera, após comer, dormia três dias seguidos, e assim nossa lenda se inicia…

Os seres da floresta amavam a Pantera, pois ela era a única a defende-los do Dragão, seu olhar era tão poderoso, que ao caçar, ela abaixava seus olhos, para que sua presa, que praticamente se oferecia como alimento, não tivesse o espírito destruído, tamanho o poder de seu olhar!

Num certo dia, após se alimentar, ela saltou por entre as montanhas e penetrou em uma das grutas para dormir, lá, a Pantera descansava e sonhava com as estrelas…

O Dragão, sabendo disso, iniciou sua empreitada de destruição. Contam as lendas que ele era um espírito revoltado, pois que lhe foi dito que a natureza não foi criada para servi-lo, isto o inundou de ódio pela floresta. O Dragão sobrevoou a floresta e vomitou seu veneno pútrido nas árvores, que definhavam gritando como só as árvores sabem gritar. O veneno escorria pelas montanhas e vales, queimava tudo o que era vivo. As Serpentes, grandes alquimistas, não conseguiam transmutar todo o veneno que o Dragão, incessantemente vomitava, e este continuava sua destruição. O grande guerreiro Tigre enfiou suas garras no veneno, seus esforços eram inúteis, mas era só o que ele podia e sabia fazer para defender a selva. Os Lobos corriam em desespero tentando esconder seus filhotes e uivavam em súplicas ao Céu, para que algo os ajudasse, os Ursos choravam, os Peixes recitavam encantamentos, que não davam conta da demanda de veneno, os animais reuniam-se resignados e suas lágrimas acalentavam a Terra, mas esta sabia que iria ser aniquilada.

Um pequeno Rouxinol, triste e ferido, vendo tudo isso, se afastou até as montanhas e começou seu canto triste: “Sou a luz que se apaga. Meu canto e o da selva são os mesmos. Triste o fim de minha mãe. Triste o fim de minha amada. Mama Selva se vai. Mama Selva se vai. A pantera não mais fluirá pelas sombras. Não mais…”

Ele não sabia, mas atrás de si, abria-se a gruta na qual havia uma cova, aonde adormecera a Pantera, e ao ouvir seu nome, esta se levantou de um salto: – O que esta havendo? Quem canta uma melodia tão triste na entrada da gruta?

O Rouxinol, ouvindo um brado tão conhecido e sentindo o doce hálito da Pantera mudou o tom da melodia, e sem titubear cantou a crueldade do Dragão, e as glórias de lutas antigas, e o que estava acontecendo.

A Pantera urrou de raiva, seu sangue felino ferveu sob o manto negro como o infinito que era sua pele, o brado de sua intenção foi dado: – Morte, morte é o que o vento sussurra nos tímpanos do Dragão!!!! Que meu hálito chegue até suas narinas!!!!

Pedindo ajuda à grande Águia mensageira, ela foi carregada ao encontro do Dragão, que já havia sentido o aroma de seu hálito e tentava fugir, mas de um salto a Pantera fincou as garras em seu pescoço, da onde jorrou o sangue grosso e pegajoso do Dragão. Arrebentando-se no solo da floresta o Dragão implorou à Pantera que não o matasse, ele chorou e soluçou, mas seu olhar era o mesmo… A Pantera em dúvida, parou um instante, tempo suficiente para o Dragão fugir…

Indignada, a Pantera consultou a grande Phiton; a Cobra; que pelo seu oráculo, foi dito aonde foi se esconder o Dragão: – No coração dos Homens.- disse a Sacerdotisa.

A Pantera, mais uma vez, urrou, e urrou muito forte, tanto que o Céu inteiro foi atraído, e disse a Pantera: – Faça amor comigo, e terá a solução…

Foi o que a Pantera fez, e imediatamente ela ficou grávida, e o Céu lhe disse:

– Tenha os seus filhos aonde moram os homens.

Com a ajuda da Águia, a Pantera pariu sobre as cidades, e um fenômeno ocorreu; de seu ventre, milhares de luzes cintilantes com as cores do arco-íris saíram, flutuando. Em sua mente, a Pantera ouviu a voz do Céu: – Estes são seus filhos, nasceram como homens e mulheres, mas suas almas serão a mesma que a tua, eles continuarão a sua luta, sob sua proteção; para o trabalho para qual nasceram. Não serão muitos, mas serão poderosos, serão sutis como o movimento da Lua, brilhantes como o Sol, alegres como o som das águas correntes, firmes como as árvores, buscarão a liberdade e amarão a noite, pois ela irá lembrar-lhes a sua cor, se sentirão bem durante o dia, pois este lhe parecerá o seu olhar, fluirão como seu corpo durante a caça, serão chamados de Guerreiros, Xamãs, loucos… Mas terão, no coração, as marcas da tua garra…”

E assim nasceram e nascem os Xamãs, acostumados e prontos para a batalha…


Ritual para encontrar emprego

Serão necessários uma vela astral para representar você mesmo, uma vela verde para a prosperidade,uma preta para remover obstáculos e uma marrom para o emprego propriamente dito. Cada vela deve ser colocada num suporte a prova de fogo. São necessários também óleo de patchuli e de canela para as velas. Acenda um bom incenso de prosperidade.

Unte a vela preta da base ao pavio com o óleo de patchuli; coloque-a num suporte. Limpe o óleo de patchuli das mãos; ele não deve estar nas outras velas. Junte as velas verde, marrom e astral do pavio à base com o óleo de canela e coloque-as num suporte.

Coloque a vela preta no centro de seu local de trabalho, a marrom à esquerda e a verde à direita. Deixe a vela astral acima da vela preta. As velas devem estar sobre uma superfície segura, pois deverão queimar por completo.

Acenda a vela astral e diga: Eu peço mudanças; é meu direito. Abra caminho, limpe minha visão.

Acenda a vela preta e diga: O azar foge. Os obstáculos caem. Os invejosos desaparecem! Ouçam meu chamado!

Acenda a vela verde e diga: Boa sorte e prosperidade são minhas. Ajudem-me, ó Grandes. Venham a mim.

Acenda a vela marrom e diga: Vejo oportunidades, trabalho e recompensas. E o que desejo deverá acontecer.

Deixe as velas queimando completamente e livre-se da cera depois.

Todas as noites, durante uma semana, ou até que a vela se acabe, acenda uma segunda vela marrom por nove minutos enquanto medita e obtém equilíbrio preparando-se para o bem, e certamente o emprego virá. Durante esse período procure ativamente por um emprego.

Ouça suas premonições e siga qualquer dica.

Meditação

Domar a mente e trazê-la à compreensão da realidade não é um trabalho fácil. Requer um processo lento e gradual de ouvir e ler explicações sobre a natureza das coisas; pensar e analisar cuidadosamente esta informação; e finalmente transformar a mente através da meditação.

A mente pode ser dividida em consciência sensorial – visão, audição, olfato, paladar, tato – e consciência mental. A consciência mental vai desde as nossas experiências mais grosseiras de ódio ou desejo, por exemplo, até o nível mais sutil da calma e claridade completas. Ela inclui nossos processos intelectuais, nossos sentimentos e emoções, nossa memória e nossos sonhos.

A meditação é uma atividade da consciência mental. Ela envolve uma parte da mente observando, analisando e lidando com o resto da mente. A meditação pode tomar várias formas: concentrar-se unidirecionadamente em um objeto (interno), tentar compreender algum problema pessoal, gerar um amor alegre por toda a humanidade, rezar a um objeto de devoção, ou se comunicar com nossa sabedoria interna. Seu objetivo final é despertar um nível muito sutil de consciência e usá-lo para descobrir a realidade, direta e intuitivamente.

Esta consciência direta e intuitiva de como as coisas são é conhecida como a iluminação, e é o resultado final da prática buddhista. O objetivo de alcançá-la – e a força condutora por trás de toda a prática – é para ajudar os outros a alcançá-la também.

Há muitas técnicas de meditação diferentes e muitas coisas com as quais a mente deve se familiarizar. Entretanto, a meditação não é simplesmente um questão de se sentar uma postura específica ou de respirar de um modo específico; é um estado da mente. Apesar dos melhores resultados geralmente virem quando meditamos em um lugar quieto, podemos meditar enquanto estivermos trabalhando, caminhando, andando de ônibus ou cozinhando um jantar. Um meditador realizou a vacuidade quanto estava cortando madeira e um outro atingiu a concentração unidirecionada enquanto estava limpando a sala de seu professor.

Primeiro, aprendemos a desenvolver o estado meditativo da mente na prática formal, sentada, mas uma vez que estejamos bem nisso, podemos ser mais livres e criativos, e podemos gerar este estado mental a qualquer hora, em qualquer situação. Então, a meditação terá se tornado um meio de vida.

A meditação não é uma coisa estrangeira ou inadequada à mente ocidental. Há diferentes métodos praticados em diferentes culturas, mas todos eles compartilham o princípio comum de que a mente simplesmente se torna familiar com vários aspectos de si mesma. E a mente de cada pessoa, oriental ou ocidental, tem os mesmos elementos básicos e experiências básicas, o mesmo problema básico – e também o mesmo potencial.

A meditação não é um espaçamento ou uma fuga. De fato, é ser totalmente honesto com nós mesmos: dar uma boa olhada no que estamos fazendo e trabalhando, para nos tornarmos mais positivos e úteis, para nós e para os outros. Há tanto aspectos positivos quanto negativos na mente. Os aspectos negativos – nossas desordens mentais ou, literalmente, nossas delusões – incluem a inveja, o ódio, o desejo, o orgulho e coisas assim. Elas surgem de nossa compreensão errônea da realidade e do apego habitual ao modo pelo qual vemos as coisas. Através da meditação, podemos reconhecer nossos erros e ajustar nossa mente para pensar e reagir mais realisticamente, mais honestamente.

A metal, final, a iluminação, é a longo prazo. Mas as meditações feitas com esta meta em mente podem e têm enormes benefícios a curto prazo. Assim que a nossa imagem concreta da realidade se suaviza, desenvolvemos uma auto-imagem mais positiva e realista, e assim ficamos mais relaxados e menos ansiosos. Aprendemos a ter menos expectativas irrealistas das pessoas e coisas ao nosso redor, e portanto encontramos menos desapontamento; os relacionamentos melhoram e a vida se torna mais estável e satisfatória.

Mas lembre-se, os hábitos de toda uma vida são teimosos. Já é muito difícil simplesmente tentar lembrar de nosso ódio e inveja, mas muito menos em fazer um esforço de deter a velha tendência familiar de sentir ou analisar suas causas e seus resultados. Transformar a mente é um processo lento e gradual. É uma questão de liberar a nós mesmos, pouco a pouco, dos padrões instintivos e nocivos de se tornar familiar com os hábitos que necessariamente trazem resultados positivos – para nós e para os outros.

Há muitas técnicas de meditação, mas todas podem ser incluídas em duas categorias: estabilizadoras e analíticas.

Meditação estabilizadora (páli samatha, sânsc. shamatha, chin. chih, jap. shi, tib. shine/ zhi nas) Em geral, este tipo de meditação é usado para desenvolver o que é conhecido como concentração unidirecionada – um pré-requisito para qualquer insight duradouro. O objetivo é concentrar-se sobre um objeto – a respiração, a natureza da própria mente, um conceito, uma imagem visualizada – sem interrupção.

A concentração sem interrupção é o exato oposto do nosso estado comum da mente. Se você se voltar para o seu interior por alguns momentos, perceberá sua mente pulando de uma coisa para outra: um pensamento de algo que você fará depois, um som de fora, um amigo, algo que aconteceu antes, uma sensação física, uma xícara de café. Nunca precisamos dizer para a mente, “Pense!” ou “Sinta!”; ela está sempre ocupada com alguma coisa, apressada, com uma energia própria.

Com essa mente dispersa e descontrolada, há pouca oportunidade de sucesso em qualquer coisa que façamos, seja lembrar um número de telefone, cozinhar uma refeição ou conduzir um trabalho. E certamente, sem uma concentração com sucesso, a meditação não é possível.

A meditação estabilizadora não é fácil, mas é essencial para trazer a mente ao seu controle. Apesar do desenvolvimento da real concentração unidirecionada ser o trabalho dos yogis, não precisamos fazer um retiro nas montanhas para experienciar os benefícios deste tipo de meditação: mesmo no cotidiano da vida urbana, podemos desenvolver uma boa concentração ao fazer, regularmente, dez quinze minutos por dia de meditação estabilizadora – manter a mente focalizada em um único objeto e deixar todos os outros pensamentos irem. Ela traz um senso imediato de espaçosidade e nos permite ver os trabalhos de nossa mente mais claramente, tanto durante a meditação quanto através do resto do dia.

Meditação analítica (vipashyana) (páli vipassana, sânsc. vipashyana, chin. kuan, jap. kan, tib. lamt’hong/ lhag mthong) Este tipo de meditação traz ao jogo o pensamento criativo, intelectual, e é crucial para o nosso desenvolvimento: o primeiro passo para ganhar qualquer insight real é compreender conceitualmente como as coisas são. Esta claridade conceitual se desenvolve na convicção firme que, quando combinada com a meditação estabilizadora, traz o conhecimento direto e intuitivo.

Entretanto, mesmo antes que possamos “ver as coisas como elas são”, precisamos primeiro identificar nossos conceitos errôneos. Usando o pensamento claro, penetrante e analítico, desembaraçamos as complexidades de nossas atitudes e padrões de comportamento. Gradualmente, eliminamos aqueles pensamentos, sentimentos e idéias que causam infelicidade para nós e para os outros, e em seu lugar cultivamos pensamentos, sentimentos e idéias que trazem felicidade.

Deste modo, nos familiarizamos com a realidade, por exemplo, da causa e efeito – que nossas experiências presentes são o resultado de nossas ações passadas e são a causa de nossas experiências futuras – ou com o fato de que todas as coisas não têm uma natureza inerente. Podemos meditar ponto a ponto sobre os benefícios da paciência e as desvantagens da raiva, sobre o valor do desenvolvimento da compaixão, sobre a bondade dos outros, etc.

De certo modo, uma sessão de meditação analítica é uma sessão de estudo intensivo. Porém, o nível do pensamento conceitual que podemos alcançar durante estas meditações é mais sutil e portanto mais potente do que nossos pensamentos durante a vida cotidiana. Como nossos sentidos não estão sendo bombardeados pela frenética percepção usual, somos capazes de nos concentrar mais fortemente e de desenvolvermos uma sensibilidade finamente sintonizada com os trabalhos de nossa mente.

As meditações estabilizadora e analítica são complementares e são muitas vezes usadas em uma sessão. Por exemplo, quando fazemos uma meditação sobre a vacuidade, analisamos o objeto (a vacuidade) usando a informação que ouvimos e lemos, assim como os nossos pensamentos, sentimentos e memórias. Em um certo ponto, surge uma experiência intuitiva ou convicção sobre o objeto. Devemos então parar de pensar e focalizar nossa atenção unidirecionadamente sobre a sensação pelo maior tempo possível. Devemos saturar nossa mente com a experiência. Quando o sentimento enfraquece, podemos tanto continuar a analisar ou então concluir a sessão.

Este método de combinar os dois tipos de meditação faz a mente se tornar una com o objeto de meditação, literalmente. Quanto maior for a nossa concentração, mais profundo será o insight. Precisamos repetir este processo, de novo e de novo, com qualquer coisa que queiramos compreender, para que possamos transformar nosso insight com a experiência real.

As meditações estabilizadoras, como as meditações sobre a respiração, serão melhores se alguma análise hábil for usada. Quando sentamos para meditar, devemos começar examinando nosso estado mental e esclarecendo nossa motivação para fazer a prática, e isto envolve o pensamento analítico. Durante a meditação em si, podemos achar que a concentração é particularmente difícil; nesses momentos, é bom analisarmos o problema por alguns momentos e então recolocarmos a mente sobre a respiração; e às vezes é útil verificarmos a mente durante a meditação, para termos certeza de não estarmos sonhando acordados, mas sim fazendo o que deveria estar sendo feito.

Texto retirado de How to Meditate: A Practical Guide, de McDonald, Kathleen. Trata-se de uma introdução ao tema da meditação.

The Matrix Reloaded: Visão mistica

Arquiteto

Quando o Buda atingiu a iluminação e se libertou das ilusões do samsara, consta que ele teria exclamado: “Apanhei-te, Arquiteto. Nunca mais tornarás a construir.” De acordo com a filosofia budista, ele estava se referindo ao ego, criador da pseudo-realidade em que vivemos mergulhados. Os maçons, por outro lado, referem-se a Deus como o Grande Arquiteto do Universo. Quando você sobrepõe as duas referências, tem como resultado uma figura com atributos divinos, que cria um mundo ilusório ¿ exatamente como o Arquiteto em The Matrix Reloaded, ou o demiurgo no gnosticismo.

Axel

Tanto pode se referir a Axel Liddenbrock, o narrador de Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, quanto ao personagem-título de Axel, romance simbolista de Villiers de L’Isle-Adam. No primeiro caso, temos a idéia de um mundo subterrâneo, sob a superfície do nosso planeta, que é onde se localiza Zion na mitologia criada pelos irmãos Wachowski. No segundo caso, o livro ficou famoso pela frase “Viver? Nossos criados farão isso por nós”, principal artigo do credo simbolista, para o qual a vida quotidiana era estéril e sem graça. Em um célebre conto de Cerimônia Final e Outras Histórias, Brian Aldiss transformou a frase em “Viver? Nossos computadores farão isso por nós”, o que remete diretamente à situação da qual emergiram as máquinas e que resultou na criação da Matriz.

Ballard

Alusão ao escritor de ficção científica britânico J. G. Ballard, mais conhecido como o autor do romance autobiográfico Império do Sol, adaptado por Steven Spielberg. As obras mais importantes de Ballard, porém, são romances apocalípticos, nos quais as diferenças entre o real e o simulacro se tornam indistinguíveis. Destes, o mais famoso é Crash!, transposto para o cinema por David Cronemberg. Ballard, juntamente com Philip K. Dick, é o tema de dois capítulos de Simulacros e Simulações, de Jean Baudrillard, o livro que Neo abre no primeiro The Matrix.

Bane

Palavra inglesa que significa “coisa mortífera”, “veneno”, “ruína, perdição”, nome mais que adequado para o personagem que é infectado pelo Agente Smith e introduz o vírus em Zion. Nos quadrinhos, Bane é o nome do vilão que quebra a coluna de Batman na história Knight Fall.

Chaveiro

Na simbologia esotérica, as chaves representam a iniciação e, conseqüentemente, a habilidade que o iniciado possui para abrir e se deslocar por entre diferentes níveis da realidade. É por esse motivo que figuras como o São Pedro cristão ou o Janus da mitologia romana são representados como portadores da chave. É essencialmente esse o papel que o Chaveiro representa no filme, já que é graças a suas chaves que Neo ganha acesso ao coração da Matriz, onde encontra o Arquiteto. Curiosamente, entre os ciganos, acredita-se que sonhar com um molho de chaves, como o que o Chaveiro carrega, é sinal de que várias oportunidades surgirãio para o sonhador, que deve escolher com cuidado, da mesma forma que Neo, ao encontrar o Arquiteto graças à ajuda do Chaveiro, é colocado diante da necessidade de escolher entre duas portas.

Gêmeos

Todas as mitologias possuem lendas a respeito dos gêmeos, que podem ser divinos ou demoníacos. Muitas vezes, um dos gêmeos é benévolo e o outro, maligno, ou um deles é mortal e o outro, imortal, como Castor e Pólux na mitologia grega. A grande maioria dos povos indígenas, em todas as três Américas, considera os gêmeos divinos como os criadores do mundo. Em The Matrix Reloaded, eles são apresentados sob um aspecto claramente negativo mas, dado que são auxiliares do Merovíngio, cujo simbolismo é bem mais ambíguo, podem ocultar algumas surpresas.

Gnosis

Nas palavras de Frances Flannery Dailey, professora de história da religião do Hendrix College, nos Estados Unidos, o gnosticismo é “a corrente cristã que mais se assemelha à Matrix. Eles acreditavam que nós iríamos acordar do mundo material e perceber que esta não era a realidade verdadeira”. Apesar do que diz a profª Dailey, o gnosticismo não é propriamente uma corrente cristã, mas um grupo de seitas contemporâneas do cristianismo, muitas das quais não faziam qualquer referência a Cristo. O que essas seitas tinham em comum era essa crença de que o mundo material era um sistema ilusório criado por um falso deus, o demiurgo, cujo papel era análogo ao do Arquiteto em The Matrix Reloaded. De acordo com a profª Dailey, os irmãos Wachowski não tinham a intenção de fazer uma alusão direta ao gnosticismo. A semelhança teria surgido de modo não-intencional, quando os autores, como os gnósticos, sobrepuseram idéias cristãs, judaicas, pagãs e budistas. A existência de uma nave chamada Gnosis em The Matrix Reloaded prova que ela está equivocada – a referencia ao gnosticismo é deliberada e plenamente consciente.

Haman, Conselheiro

Apesar do personagem ser apresentado sob uma luz simpática e benevolente – quase uma encarnação do Velho Sábio, cujo papel no primeiro filme cabia a Morpheus -, o nome do Conselheiro Haman provavelmente encerra uma pista sobre as reviravoltas que estão por vir na terceira parte de The Matrix. Na Bíblia, Haman é o grande vilão do Livro de Ester. Grão-vizir do rei persa Xerxes, Haman odiava os judeus (e todos sabem que Zion é uma referência à Sião bíblica) e tramava secretamente para exterminá-los. O plano foi descoberto por Ester, que denunciou-o ao rei. Haman foi enforcado e o pai de Ester, Mordecai, nomeado grão-vizir em seu lugar. Até hoje, os judeus comemoram a derrota de Haman e sua salvação do extermínio com a festa do Purim, uma celebração semelhante ao carnaval e na qual bonecos de Haman têm o mesmo papel de Judas na Malhação de Judas cristã. Trata-se, portanto, de um traidor.

Icarus

Um dos hovercrafts que, como o Nabucodonosor de Morpheus, percorrem os túneis subterrâneos a procura de pontos de onde transmitir um sinal pirata para dentro da Matriz. Na mitologia grega, Ícaro era filho de Dédalo, o artesão que construiu o labirinto de Creta por ordem do rei Minos, a fim de encerrar o Minotauro, monstro com corpo de homem e cabeça de touro que devorava os prisioneiros do rei. O próprio Dédalo acabou aprisionado no labirinto com o filho. A única maneira de escapar do labirinto era pelo alto, uma vez que seria impossível encontrar a saída por entre tantos corredores. Assim, Dédalo confeccionou para si e para Ícaro asas coladas com cera de abelha, com as quais conseguiram fugir. Mas, embriagado pela sensação do vôo, Ícaro se elevou até perto do Sol, que derreteu a cera das asas, fazendo com que ele se despedaçasse de encontro ao solo. Para os gregos, Ícaro, assim como Níobe, era um símbolo do pior pecado que um ser humano poderia cometer – a hybris, a tentação de se igualar aos deuses. A analogia entre a Matriz e o labirinto de Creta é óbvia, especialmente com a revelação insinuada no final de Matrix Reloaded, de que há toda uma série de Matrizes superpostas.

Kali

Na mitologia hindu, Kali, também conhecida como Durga, é a deusa-mãe, representada sob o duplo aspecto de nutridora (como aquela que dá a vida) e devoradora (a morte, destruidora de todas as coisas). Seu nome principal, Durga, em sânscrito significa “a que é difícil de abordar, a inacessível” e, na cosmogonia brahmânica, especialmente na filosofia de Sri Ramakrishna, ela é considerada uma personificação do real que se oculta por detrás do mundo das aparências. A palavra Kali, por sua vez, deriva do sânscrito kala, que quer dizer “tempo”. Sob seu aspecto negativo, Kali é a padroeira da Kali Yuga, a quarta e última etapa pela qual o mundo deve passar antes que, de acordo com o hinduísmo, ele seja reabsorvido em sua origem divina. Durante a Kali Yuga, o mundo mergulha quase completamente nas trevas da ilusão (maya), uma descrição bastante apropriada ao universo de Matrix.

Logos

Palavra grega que significa “espírito”, “razão” ou “linguagem”. Na Bíblia, o Logos aparece no Evangelho de João, onde é traduzido como “Verbo”, e é um dos atributos de Deus: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Os gnósticos interpretavam o Logos como uma denominação do verdadeiro Deus, que estaria por cima do demiurgo, isto é, como a verdadeira realidade que existiria além do falso mundo criado por este. Durante uma visão, o líder gnóstico Valentino viu o Logos sob a forma de um menino não muito diferente do órfão que fala a Neo sobre a colher em The Matrix.

Merovíngio

Uma das citações mais obscuras de The Matrix Reloaded, uma vez que só deve ser conhecida pelos fanáticos por teorias conspiratórias. De acordo com esta teoria específica, apresentada por Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, quando a lenda diz que José de Arimatéia fugiu de Jerusalém com o Santo Graal, o que ela quer dizer é que ele levou consigo um segredo que hoje seria capaz de mudar a história do mundo: a de que Jesus teria se casado com Maria Madalena, com a qual teve um filho, do qual descenderia a dinastia francesa dos merovíngios. Esse segredo teria sido transmitido aos cátaros, uma seita herética que existiu na França Medieval e que foi exterminada durante a Cruzada Albigense. Para Baigent e seus colegas, o motivo para o massacre dos cátaros teria sido o terrível segredo de que eles eram portadores. Mas, na verdade, os cátaros eram uma ordem gnóstica e foram perseguidos porque suas crenças contrariavam o dogma católico. De qualquer forma, encontramos aqui o eco de vários elementos do filme: o tema do Escolhido (no caso, o herdeiro merovíngio), o massacre de um grupo minoritário e a existência de um terrível segredo. Além disso, como todas as seitas de inspiração gnóstica, os cátaros acreditavam que o mundo material era falso, tinha sido criado por uma divindade demoníaca e a verdadeira realidade seria o mundo do espírito.

Mifune

O nome do capitão que recepciona Morpheus em sua volta a Zion é uma referência ao astro nipônico Toshiro Mifune (1920-1997), um dos atores preferidos de Akira Kurosawa. De sua extensa filmografia, a obra que parece justificar a citação dos irmãos Wachowski é Os Sete Samurais, de Kurosawa, sobre uma aldeia que, cansada de sofrer a opressão dos poderosos, contrata sete samurais para combatê-los; e

Niobe

Como no caso do Conselheiro Haman, a discrepância entre o nome da personagem e o papel que ela desempenha no filme talvez esconda uma pista sobre o verdadeiro significado da história. Na mitologia grega, Níobe era casada com Anfião, filho de Zeus, com quem teve muitos filhos e filhas. Certo dia, num ato de orgulho impensado, proclamou-se superior à deusa Leto, que tivera apenas um casal. Acontece que esse casal era Apolo e Ártemis que, revoltados com a ofensa feita à mãe, mataram os filhos de Níobe a flechadas. Comovidos com o desespero da mãe, os deuses a transformaram em uma rocha, de onde brotava uma nascente formada por suas lágrimas. Níobe, como Ícaro, era uma das muitas personificações da hybris. É possível que os irmãos Wachowski pretendam uma releitura irônica desse conceito, fazendo da hybris não o pior pecado, mas a maior virtude do ser humano, que o torna superior aos deuses (= máquinas).

Osíris

O nome da nave cujo último vôo serviu para alertar os habitantes de Zion da iminente invasão das máquinas foi emprestado de uma das principais divindades do panteão egípcio. Marido de Ísis e pai de Hórus, foi Osíris quem ensinou as artes da civilização aos primeiros egípcios. Foi assassinado por seu perverso irmão Seth, que desmembrou seu corpo e espalhou os pedaços por toda a Terra, obrigando Ísis a percorrer o mundo inteiro para reunir os membros de seu marido morto. Depois que seu corpo foi reconstituído, Osíris ressuscitou e passou a reinar sobre o Amenti, o paraíso egípcio situado no Além-Túmulo. A peregrinação de Ísis em busca de Osíris inspirou a criação dos Mistérios de Ísis, uma religião iniciática onde as etapas da jornada da deusa simbolizavam as diferentes fases do processo de iniciação. Os Mistérios de Ísis foram um dos antecessores que influenciaram o gnosticismo. Os gnósticos reinterpretaram o mito de Osíris como um símbolo da queda da divindade primordial no mundo ilusório da matéria e de sua posterior libertação.

Persephone

Assim como os Mistérios de Ísis, os Mistérios de Elêusis, na Grécia antiga, também exerceram uma enorme influência no surgimento do gnosticismo. Dedicados à deusa grega Deméter, os rituais de Elêusis rememoravam a peregrinação dessa divindade pelo mundo em busca da filha Perséfone, seqüestrada por Hades, o Senhor dos Infernos, que a levou para o mundo subterrâneo e tomou-a por esposa. Foi da filha de Deméter que a mulher do Merovíngio emprestou seu nome, o que faz do próprio Merovíngio um equivalente do Hades grego. O mundo subterrâneo onde se localizava o Hades, por sua vez, remete ao mundo subterrâneo onde se localiza Zion em The Matrix.

Rama-Candra

Um dos maiores heróis da religião hindu, protagonista do poema épico Ramayana, Rama Candra ou Rama Chandra é o sétimo avatar do deus Vishnu, um dos integrantes da Trindade Suprema (Brahma, Vishnu e Shiva), que periodicamente assumia forma humana para descer à Terra e libertar os seres humanos da ilusão. É, essencialmente, o mito do The One que serve de premissa ao primeiro Matrix e que é desconstruído em Reloaded.

Seraph

Embora o guardião da Oráculo tenha a aparência de um oriental, seu nome é hebraico e significa “ardente, flamejante”. É a raiz de serafim que, na teologia católica, é uma das ordens na hierarquia dos anjos. Na Bíblia, os serafins são descritos no Livro de Isaías como criaturas dotadas de seis asas e que se postam diante do trono de Deus, igualmente como guardiões


As profissões de Gémeos

Empregados de Gêmeos podem ter dificuldades em se concentrar em uma única coisa por longos períodos de tempo. Eles tem mentes rápidas e adoram falar e comunicar suas idéias aos demais.

Eles florescem com interação social – mesmo que seus empregos não o permitam em particular. Você os encontrará circulando de mesa em mesa, fofocando sobre todas as notícias sórdidas do escritório. Eles podem ser persuasores poderosos em seu discurso e são os vendedores e mediadores ideais.

Eles adoram negociar e conseguem realizar o melhor negócio para todos os envolvidos. Quando adequadamente estimulados, conseguem manter focada sua mente dispersa e ser totalmente produtivos. Quando estão aborrecidos, atolados em algum trabalho vulgar e detalhado, ou quando são forçados a trabalhar com pessoas que considerem estranhas, podem se tornar temperamentais e fofoqueiros.

Seus humores podem flutuar amplamente no dia-a-dia, assim como sua produtividade. É contra a sua natureza serem forçados a um cotidiano e um ambiente de trabalho medianos. Eles são mais felizes viajando. Se estão em escritório, precisam de novos estímulos constantemente. A maioria procurará progredir se vir nisso um modo de escapar às limitações de seu trabalho. Isto pode motivá-los a injetar esforço extra no trabalho.

Se você trabalha com alguém de Gêmeos, tente evitar polemizar com eles – eles certamente vencerão e isto poderia gerar alguma mágoa de sua parte.

Eles necessitam de um ambiente receptivo – um dos requisitos de que precisam para exercer seus talentos multitarefas.


Não se deixe suterrar

Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuia alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua fazenda.

Um dia , o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus melhores cavalhos havia caído num velho poço abandonado.

O buraco era muito fundo e seria dificil tirar o animal de lá.

O fazendeiro avaliou a situação e certificou-se de que o cavalo estava vivo. Mas pela dificuldade e o alto custo para retirá-lo do fundo do poço, decidiu que não valia a pena investir no resgate.

Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo.

O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o encobrissem totalmente e o poço não oferecesse mais perigo aos outros animais.

No entanto, na medida que a terra caia sobre seu dorso, o cavalo se sacudia e a derrubava no chão e ia pisando sobre ela.

Logo os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas, ao contrário, estava subindo á medida que a terra caía, até que finalmente, conseguiu sair…

Muitas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre.

É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da imcompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença.

Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e façamos a nossa parte para sair da dificuldade. Afinal, se permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções:

  • Ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo;
  • Ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre.

É importante que, se estamos nos sentindo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir.

Ademais, em todas as situações dificeis que enfrentamos na vida, temos o apoio incondicional de Deus, do qual podemos nos aproximar através da oração.

Ritual para Nemesis

Este ritual pode ser utilizado para trazer equilibrio à sua vida.

Use uma vela preta para Nemesis, untando-a da base ao pavio com óleo de patchuli ou de laranja. Isso ajudará a criar um equilíbrio ou a trazer sua vida de volta ao equilíbrio. Coloque uma maça fatiada num pires perto da vela.Acenda a vela e sente-se frente a ela. Explique tudo obre seu problema interpessoal à deusa, com suas próprias palavras.Diga a seguir:

A mão de Nemesis equilibra a balança da justiça. Ela desembaraça os fios tramados pelo Destino. Livre-me do peso deste problema, grande Nêmesis. Guie-me para a solução. Se a harmonia é impossível, faça com que nos separemos. Desembarace o fio de minha vida, Nêmesis. É o que lhe peço com toda sinceridade.

Permaneça sentado em silencio e ouça sua mente. Meditar agora pode acalma-lo e trazer possíveis soluções. Pode até ser que receba mensagens para tomar decisões e leva-las a cabo.Ouça, mas contemple tudo com lógica.Algumas soluções podem ser excessivamente drásticas e dolorosas para que sejam implementadas. Nesse caso, peça uma solução alternativa para o problema .