As frutas da sorte

Os ciganos dizem que o sabor adocicado das frutas está intimamente ligado à um bom destino. Por isso, têm o costume de comer frutas e alimentos derivados delas, assim como beber vinhos licorosos ou tomar banhos regados a mel e açúcar para atrair sorte.

Romã

É uma fruta bastante antiga, usada em chás e essências como atrativo de dinheiro e felicidade. Se utilizada em banhos ou talismãs, garante felicidade.

Damasco

Afrodisíaco, é originário de países mediterrâneos. A cor laranja-vivo traz vitalidade e fortalece a energia sexual. Os ciganos costumam transformá-lo em óleo aromatizante para incrementar o sexo.

Melancia

Tem a ver com prosperidade, abundância (representada pelas sementes) e fertilidade (por causa da cor interior).

Morango

Bastante empregue nas poções de amor. A cor vermelha e o sabor marcante fornecem a energia necessária para fisgar o coração do ser amado. Ainda é usado para curar males como a desilusão amorosa.

Figo

Potente estimulante sexual, usado para combater depressão e falhas na memória e ansiedade.

Pêra

Uma das frutas prediletas dos ciganos. Está ligada à imortalidade e à boa saúde. Também traz prosperidade, por causa da cor amarela.

Maçã

Está presente em todos os rituais ciganos, que incluem essa fruta em perfumes, banhos, óleos e poções. Nas festas de casamento, as mesa devem ser enfeitadas com maçãs, que simbolizam o amor a a paixão.

Uvas

Simbolizam a prosperidade e a amizade. Os povos ciganos costumam comer doze uvas no Reveillon – uma para cada mês do ano – é uma tradição de sua própria cultura, assim como o hábito de enfeitar a mesa de Natal com frutas secas.

 


Como seduzir alguém de escorpião

Aqueles que adoram de emoções fortes, como andar a beira de um vulcão, têm satisfação garantida com Escorpião. Seduzi-lo, porém não é tarefa fácil, principalmente porque, talvez você ainda não tenha percebido, o seduzido é você.

Misteriosos como eles só, gostam do que é enigmático e que ainda está para ser descoberto. Desse modo, não vá se atirando por cima de um ser de Escorpião, só porque leu em algum lugar que esse signo é ligado à sexualidade. A coisa não é bem assim, ele quer muito mais do que seu corpo: nada menos do que a sua alma.

Quer-se algo mais do que uma noite (o que também é difícil de se conseguir), melhor agir de forma estratégica, o que, aliás, é o “modus operandi” dele mesmo. Insinuar, dizer uma coisa com as palavras e outra com o olhar, enviar sinais sutis e desenhar quebra-cabeças e deixar pistas para que os escorpianos o sigam, certamente pode levar a melhores resultados. São uma espécie de detetives, investigadores da alma humana, atraídos pelo raro, pelo secreto, pela essência por detrás das aparências. Nem pense em enganá-los, sua visão de raios-X acessa sites inexplorados de você que nem você mesmo sabe a senha…

Uma das principais chaves é conquistar sua confiança, mas não fique fazendo promessas e se marqueteando para essa desconfiadíssima e cautelosa criatura, o próprio escorpiano se encarregará de descobrir tudo sobre você. Algumas pessoas se arrepiam ao se verem tão desvendada assim (será esse o seu caso?); outras, se dão conta que, ao envolverem-se com Escorpião, estão se tornando mais conscientes de suas próprias emoções e revelando-se a si mesmas. Já deu pra notar que o pessoal desse signo não é de brincadeira… Mas não precisa ter medo deles, tire da cabeça todas essas bobagens do tipo “Escorpião é traiçoeiro” que andou ouvindo por aí. Só usarão seu ferrão se forem cutucados. Sérios, justos e verdadeiros, agem assim com os outros e esperam o mesmo, principalmente daqueles que amam. Quer-se atrair Escorpião, saiba que seu caráter, seu interior é o grande ímã. Isso também não dispensa cuidados especiais com sua aparência, como roupas sexy (mas sem entregar o ouro), nunca esquecendo de garantir uma boa cuequinha de seda ou uma lingerie rendada…

Está pronto para banhar-se 24 horas por dia / 7 dias por semana no caldeirão quente da paixão? Bem, Escorpião é dedicado e gosta de receber toda a sua atenção. Podem ser um pouquinho possessivos e ciumentos, mas não farão escândalos… Melhor não dar motivo.


Há coisas sem as quais não se pode passar

Os profissionais de muitas áreas de actividade acabem por criar hábitos sem os quais lhes custa especialmente viver… Mas alguns vão ao extremo… Os de Informática, por exemplo.

Um analista de sistemas meio introvertido finalmente conseguiu realizar o sonho da sua vida: um cruzeiro.

Estava começando a desfrutar da viagem quando um furacão virou o navio como se fosse uma caixa de fósforos.

O rapaz conseguiu agarrar-se a um salva-vidas e chegar a uma ilha aparentemente deserta e muito escondida.

Deparou com uma cena belíssima: cachoeira, bananas, coqueiros… mas quase nada além disso. Ele se sentiu desesperado e completamente abandonado.

Vários meses se passaram e um belo dia apareceu, remando, uma belíssima moça, mistura de Sharon Stone com Cindy Crawford. A moça começou uma conversa:

– Eu sou do outro lado da ilha. Você também estava no cruzeiro?

– Estava! Mas onde conseguiu esse bote?

– Simples! Tirei alguns galhos de árvores, sangrei alguma borracha, reforcei os galhos, fiz a quilha e os remos com madeira de eucalipto.

– Mas… com que ferramentas?

– Bom, achei uma camada de material rochoso, evidentemente formada por aluviões. Eu descobri que esquentando este material a uma certa temperatura, ele assumia uma forma muito maleável. Mas chega disso! Onde você tem vivido esse tempo todo? Não vejo nada parecido com um teto…

– Para ser franco, eu tenho dormido na praia…

– Quer vir a minha casa?

O analista de sistemas aceitou, meio sem jeito.

A moça remou com extrema destreza ao redor da ilha. Quando chegou no “seu” lado, amarrou a canoa com uma corda que mais parecia uma obra prima de artesanato. Os dois caminharam por uma passarela de pedras construída pela moça e depararam, atrás de um coqueiro, com um lindo chalé pintado de azul e branco.

– Não é muito, disse ela, mas eu o chamo de “lar”.

Já dentro, ela convidou:

– Sente-se, por favor! Aceita um drinque?

– Não, obrigado! Não agüento mais água de coco! – Mas não é água de coco! Eu tenho um alambique meio rudimentar lá fora, de forma que podemos tomar piñas coladas autênticas!

Tentando esconder a surpresa, o analista aceitou. Sentaram no sofá dela para conversar. Depois de contarem suas historias, a moça perguntou:

– Você sempre teve barba?

– Não. Toda a vida eu andei bem barbeado.

– Bom, se quer se barbear, tem uma navalha lá em cima, no armarinho do banheiro.

O homem achou que a moça estava de sacanagem, mas foi assim mesmo. Lá em cima, surpreso, fez a barba com um complicado aparelho feito de osso e conchas, tão afiado quanto uma navalha. A seguir, tomou um bom banho, sem nem querer arriscar palpites sobre como ela tinha água quente no banheiro. Desceu sem poder deixar de se maravilhar com o acabamento do corrimão.

– Você ficou ótimo! Vou lá em cima também me trocar por algo mais confortável.

Nosso herói continuou bebericando sua piña colada. Em instantes, a moça estava de volta, com um delicioso perfume de gardênias, e vestindo um estonteante e revelador robe, muito bem trabalhado em folhas de palmeira.

– Bom – disse ela – ambos temos passado um longo tempo sem qualquer companhia… Você não tem se sentido solitário? Há alguma coisa de que você sente muita saudade? Que lhe faz muita falta e do qual todos os homens e mulheres precisam?

– Mas é claro! – disse ele esquecendo um pouco sua timidez. Tem algo que venho querendo todo esse tempo. Mas… aqui nesta ilha… sabe como é… era simplesmente impossível.

– Bom – disse ela – já não é mais impossível, se é que você me entende…

O rapaz, tomado de uma excitação incontrolável, disse, quase sem alento: – Não acredito! Você não está querendo dizer que… você bolou um jeito de pegar os seus e-mails aqui, na ilha?


Tao

O ideograma chinês Tao, que literalmente traduzido significa caminho, exprime o conceito filosófico de Absoluto. Este conceito traz a idéia de origem, princípio e essência de todas as coisas.

O Absoluto está além do tempo, do espaço e das linguagens. Sendo assim, não pode ser expresso, pois todas as expressões dependem de uma linguagem e de uma referência de tempo e espaço. Da mesma forma que não é possível usar uma régua para medir algo que está além das medidas, também não se pode utilizar a linguagem para descrever algo que está além da linguagem. Ou seja, não é possível usar conceitos ou ferramentas do mundo finito para definir algo que é o próprio infinito. Por isso, Lao Zi diz, no Tao Te Ching: “O caminho que pode ser expresso não é o Caminho constante”.

Todas as linguagens – imagens, símbolos, palavras, idéias, pensamentos, sentimentos, emoções, etc. – são manifestações posteriores à criação do universo. Todas essas manifestações correspondem a formas passageiras, temporárias e impermanentes. Os valores atribuídos às coisas mudam conforme o tempo e o destino. O que hoje é valorizado, considerado nobre, bonito e inovador, amanhã certamente não será mais. Do mesmo modo, um caminho feito numa determinada época, que está sendo seguido hoje, amanhã poderá não ser mais. Então, um caminho que possa ser expresso através da forma não é eterno, não é o Caminho constante.

Nenhuma palavra pode enquadrar a real natureza do Tao. “O nome que pode ser enunciado não é o Nome constante”, ou seja: o Absoluto está além das linguagens. Apesar disso, para que possamos compreender racionalmente a experiência de um mestre que vive na condição Absoluta de ser, torna-se necessário a utilização de nomes, de palavras. Em outra obra de sua autoria – o Tratado da Transparência e da Qualidade Permanente – Lao Zi reforça essa idéia: “O Grande Caminho não tem nome, não tem emoção, não tem forma. Eu não sei seu nome, mas me esforçando, atribuo a ele um nome, chamando-o de Caminho.”

Um caminho só tem sentido e efeito reais quando existem três elementos atuando simultaneamente: o caminhante, o caminho e o ato de caminhar. Um caminho que existe, porém não é trilhado, não tem utilidade. Da mesma forma, caso exista o caminhante, mas não exista o caminho, o caminhante não saberá por onde caminhar. Finalmente, caso exista caminho e caminhante, ainda assim, dependemos de um terceiro elemento: o acto de caminhar. Ou seja, a condição Absoluta de ser só pode ser encontrada através de experiência pessoal; o Absoluto existe somente quando nos integramos a ele. Assim, você pode até compreender racionalmente que existe uma condição anterior ao céu e à terra, fonte criadora de todas as coisas; porém, caso você não a vivencie através da prática de um caminho, ela não existirá para você. Um caminho espiritual precisa ser praticado para que possa ocorrer a realização pessoal do praticante. Por isso, Lao Zi escolheu o termo “caminho” para representar o Absoluto.

Esse caminho é o Caminho do Infinito, ou seja, um caminho que nunca termina. Apesar de um taoísta nunca alcançar a meta final, o próprio fato de estar trilhando um caminho que não termina significa que está vivendo o Caminho do Infinito, ou seja, significa que alcançou seu objetivo espiritual. No Taoísmo, você nunca considera que chegou no final da linha, que sua realização espiritual está terminada. Caso contrário, o caminho trilhado não seria o Caminho Constante.

Pensando a linguagem como palavras, esse Caminho – que está além dela – se compara com o silêncio, com a ausência de palavras. Considerando como linguagem os pensamentos, idéias, intenções, visualizações, formas e símbolos, o além da linguagem seria capaz seria a própria quietude. Esta quietude não deve ser compreendida como ausência de todas as coisas, mas como algo anterior que permite que todas as coisas se manifestem de maneira natural e espontânea. Ou seja, o Caminho é o próprio silêncio, a quietude e o vazio que está por trás e que coexiste com todos os ruídos, manifestações e formas da existência.

Sendo assim, para que possamos encontrar o Caminho, precisamos encontrar o silêncio e a quietude interior, precisamos resgatar uma condição de transparência em relação ao ambiente externo. Não importa em que condição se encontre o ambiente – se é ruidoso, barulhento e agitado, ou um local tranqüilo – não importa onde você esteja ou o que ocorra, o silêncio e a quietude interior devem permanecer inalterados, independente de qualquer factor externo. Para alcançarmos esse verdadeiro silêncio e quietude interior, precisamos possuir um certo grau de tranqüilidade, precisamos estar nos sentindo bem. É impossível alguém encontrar um caminho interior de paz e tranqüilidade se estiver remoendo algum sentimento no seu interior.

No mesmo tratado, em capítulos posteriores, Lao Zi menciona muitas vezes a expressão “ausência de remorso”. Ausência de remorso é exatamente ter paz e tranqüilidade interior. Trata-se de reconhecer de maneira sincera e honesta que, dentro do possível, apesar de todas nossas limitações, é possível se aperfeiçoar e melhorar a vida quotidiana, sempre buscando realizar o melhor para si próprio e para as outras pessoas.

O taoísmo não acredita no discurso de algumas pessoas que afirmam: “Todos estão no meu interior; basta que eu faça por mim, para estar fazendo por todos”. Um caminho espiritual não é um caminho onde se busca benefício exclusivamente pessoal, onde o mundo deixa de ter importância. Por isso, a sinceridade interior é essencial para podermos alcançar o estágio de ausência de remorso. Sinceridade significa fidelidade, lealdade e honestidade, consigo próprio e com os outros.

Então, para retornamos ao Tao, ao Absoluto, temos que primeiro recuperar o nosso bem estar e a nossa paz interior. A partir desta condição, podemos encontrar o silêncio e a quietude interior, abandonando uma identidade egóica e trilhando um caminho está além da forma e das linguagens. E, ao trilhar este caminho, integrando-o a nossa vida diária, vamos nos unindo ao Tao.

Texto da Autoria de Wu Jyh Cherng, Sacerdote Taoísta e Presidente da Sociedade Taoísta do Brasil.

 

Terapia com Pedras Preciosas

As pedras preciosas são um presente especial de nossa terra. Em milhões de anos cresceram em seu seio até serem descobertas pelos homens e trazidas a luz do dia. Em todas as culturas superiores eram valorizadas por sua beleza, e as pessoas faziam o uso delas por suas forças misteriosas. Antigas tradições relatam o efeito curativo e harmonizador que têm sobre pessoas, animais e até plantas. Receitas de épocas antigas são hoje novamente estudadas e empregadas. Assim, era utilizada, por exemplo, a malaquita para desinfetar recipientes utilizados na medicina. Durante a consulta, os médicos usavam anéis de esmeraldas para estimular a cura dos doentes. Safiras, rubis, esmeraldas, ametistas, diamantes e outras pedras de grande pureza e poder de irradiação apoiavam altos dignitários políticos e religiosos em suas apresentações públicas e também em suas idéias.

Hidelgard Von Bingen, a mais ou menos 800 anos, compilou informações exatas sobre as aplicações médicas de plantas e minerais. Segundo seus ensinamentos, corpo, espírito e alma formam um complexo unitário de tratamento. Grande parte dessas velhas tradições se perderam. As pessoas do século passado abandonaram o pensamento holístico e se concentraram na fragmentação e pesquisa da matéria.

Atualmente, na transição para a Era de Aquário, volta a abrir-se o caminho do pensamento holístico; assim também as pedras preciosas ganham mais e mais importância no processo de cura. Os extratos de plantas, de flores e de pedras preciosas oferecem uma possibilidade de manipulação relativamente simples para promover a saúde.

Existe uma série de possibilidades de aplicação para pedras preciosas, que vão desde o uso da pedra bruta até complicados cremes feitos a partir das mesmas, como sabemos saúde é um estado de equilíbrio e as pedras preciosas, com sua beleza de cores, forma e brilho, oferecem especialmente possibilidades agradáveis de aproximação desse equilíbrio para alcançar a harmonia, como por exemplo em uma mandala de cristais ou a utilização das Pedras diretamente nos chacras como mostro abaixo.

Chakra Básico

  • Cor: Vermelho (Rubi, granada, ágata, hematita e etc.)
  • Propriedades: Comunhão com a terra, segurança, sexualidade, energia vital e coragem.
  • Desequilíbrios: Regeneração deficiente, agressividade, medo da vida, egoísmo ou medo

Chakra Sexual

  • Cor: Laranja (Carneol, opala-de-fogo, safira-alaranjada e etc.)
  • Propriedades: Alegria de Viver, Consciência de grupo, crescimento e criatividade.
  • Desequilíbrios: Medo de Viver, sentimento de culpa, doenças infecciosas e frieza de sentimentos.

Chakra Plexo Solar

  • Cor: Amarelo (Topázio dourado, citrina, âmbar, quartzo rutílico e etc.)
  • Propriedades: Criatividade, Força de vontade, compreensão, capacidade de compreensão e pensamento.
  • Desequilíbrios: Ânsias de poder, depressões, insatisfação, desconfiança, inveja males do fígado.

Chakra Cardíaco

  • Cor: Verde ou Rosa (Ágata-musgo, malaquita, turmalina rosa, rodocrosita e etc.)
  • Propriedades: Unidade, amor, reconciliação, tolerância, pureza, alegria nos relacionamentos e harmonia.
  • Desequilíbrios: Intolerância, fanatismo, receptividade transtornada, problemas cardíacos e respiratórios.

Chakra Laríngeo

  • Cor: Azul-claro (Turquesa, água marinha, calcedônia, pedra-da-lua e etc.)
  • Propriedades: Expressão dos sentimentos através da linguagem, música, pintura. Verdade, conhecimento..
  • Desequilíbrios: Perturbações da fala e da expressão, tagarelice, fofoca, transtornos na tireóide.

Chakra Frontal

  • Cor: Índigo (Lápis-lazúli, sodalita, azurita, safira e etc.)
  • Propriedades: Sede de visão espiritual, sabedoria, concentração, percepção extra-sensorial.
  • Desequilíbrios: Insegurança, descontrole, caos, transtornos de visão e falta de memória.

Chakra Coronário

  • Cor: Violeta (Ametista, sugilita, fluorita e etc.)
  • Propriedades: Contato com o “eu superior”, espiritualidade, reconhecimento e acesso ao inconsciente.
  • Desequilíbrios: Desânimo, depressão, medo da morte, hiperatividade, enxaqueca e dores de cabeça.

 

Os doze trabalhos de Hercules

As lendas da antigüidade, cristalizações poéticas dos ensinamentos emanados dos templos, referem-se com insistência, a um país maravilhoso, na região donde o Sol se põe, isto é, no Ocidente. Os papiros egípcios citam-no como o Amenti, ou melhor, Amen-Ti, o País Oculto e também, já particularizando determinado lugar dessa mansão maravilhosa, falam da Montanha do Ocidente, como sendo a Mansão das Almas osirificadas, justamente onde iam viver aqueles que, iniciados nos mistérios, imortalizavam-se e atravessavam o umbral de Ro-sta. Ro-sta dava para a sala de Maat, a deusa da Verdade. Ao passar a essa sala, o Adepto, o Osiris N. defrontava-se com os senhores que rodeiam o sol do Ocidente, podendo exclamar as palavras que encontramos no cap. CXVIII de “O livro da Morada Oculta”:- Eu nasci em Ro-sta. Aqueles que estão entre as múmias me dão os encantos favoráveis no lugar sagrado de Osiris. Meu caminho é nas Moradas de Osiris”.

Hieroglificamente, era Ro-sta representada pela cruz ansata. O circulo dessa cruz é a boca humana, por onde se manifesta o Verbo; o Tau ou a cruz propriamente dita, ou Ros-ta é o caminho pelo qual a Monada, o Peregrino, o Hansa brahmanico, o Cisne Branco do ciclo arturico ou dos cavaleiros do Santo Graal, Grasalis, o sol místico, no final das contas. A tradição indiana, ao falar dos Jivatmas, as Centelhas ligadas perenemente ao Espirito Universal, enuncia: “Nesta infinita Roda de Brama, morada de todos os seres, peregrina o Hansa, pensa o Eu, diferencia o Governador” (Shvêtashuatara).

Foneticamente, podemos ler a cruz ansata, de Ankh, ou da Vida, como -Ra e Ta, Ta- Ra, a deusa da Sabedoria na Índia; Ro-Ta, o caminho por excelência, ou Ta-Ro, os arcanos que nas suas laminas encerram todos os mistérios da Vida.

Ro-sta, pois, na linguagem dos hierofantes, era a entrada para a mansão dos eleitos, denominados pelos latinos – Campos Elisios, cujo umbral chamaram de Angus, útero, vereda propriamente dita, onde se verificam as dores do parto. O aspirante á Imortalidade, ao nascer para o Mundo da Verdade, atravessava um portal simbólico e suas angustias são assimiladas ás da maternidade. Porisso diziam os místicos cristãos, referindo-se ao Adepto – o Homem das Dores; e podemos recordar uma epistola de Paulo, o Ungido, aos coríntios quando asseverava: “Sofro de dores de parto até que encontreis o Cristo (ou Ego Superior, elucidamos nós) no vosso Homem Interno”. Na Índia, antes de nascer espiritualmente, o candidato, o discípulo trajado com vestes brancas ou cândidas, atravessava a Vaca Sagrada, a Vaca de cinco Patas, emblema da Terra, a grande Mãe ou Mater-Rhéa(da composição destas duas palavras surgiu a palavra matéria) Bhumrú. A Vaca Pentapoda era toda de ouro puro, o qual vem a simbolizar o mesmo ouro filosofal dos alquimistas. Passando Ro-sta, o Adepto demandava o Amen-Ti, o qual, no plano histórico, só poderia ser atingido pelos homens depois que “Colombo abrisse a porta de seus mares”, na idéia de Castro Alves; e, muito antes todavia, após Hércules ter afastado a Europa da África para abrir o caminho para o mundo ocidental, a terra do mistério, os viajantes desses mares encontraram na África e nas Canárias avisos nos quais se proibia a navegação para Oeste. O consenso universal que prestigiou um reino que não era o seu”, – e a América veio a ser para a Humanidade a Aurora da Libertação.

Passemos agora a estudar os doze trabalhos de Hércules em relação com as doze casas zodiacais pelas quais passou simbolicamente a Obra da SBE, completando seu ciclo astrológico(este artigo foi escrito quando a mesma completou 12 anos de existência). No caso, a SBE vem a ser o Sol. Hércules, ou Heracles, o deus solar grego, é derivado do nome sânscrito Hari-Kulas, o Senhor Sol, o Espirito Planetário da Ronda, o Mel-Khalt fenício, que quer dizer, o Senhor da Cidade, em correspondência ainda com o Ogma gaulês, nome esse que lido anagramaticamente vem a dar os de Mago e o africano caótico Ogam. Simbolizam os 12 trabalhos as provas iniciáticas por que passava o postulante. Passado o sol pelas 12 casas zodiacais concluiu um ciclo astronômico, e todos os ciclos secretos se baseiam no Simbolismo de Hércules. A precisão dos equinócios, ao fim de 25920 anos marca um ciclo grande ligado ao mistério das estrelas polares ou o “Olho de Druva”, que vela por sua filha Terra.

1- O Javali de Erimantho

Erimantho é oriundo de Heros Mantheia, que em grego quer dizer – o conhecimento do espírito, simbolizado no javali. Esse animal aparece, em todas as Tradições, como Símbolo da Sabedoria Secreta. Adonis, Thamus e outros iniciadores foram destroçados por javalis. Varaha, o javali, ao contrário, foi quem matou o demônio Hiranyakha, que mergulhara a Terra no abismo das águas. Gautama, o Buddha, dizem as lendas, morreu de uma indigestão de carne de javali. A alegoria é clara: foi obrigado a desencarnar, como todos os grandes Iluminados que em excesso deram conhecimentos esotéricos á Humanidade.

2 – O roubo dos cavalos de Diomedes

Este termo, contração de Dios-Medos, do deus dos medas, dos zoroastros ou guardiães do misterioso Fogo Celeste que se manifestará com Losuóch, na Idade do Ouro, como 10 avatara de Visnhu, o Kalki-avatara, o cavalo branco das tradições indianas.

3 – O roubo dos bois de Gueryon

Os bois solares, ou de Guer-Io, o Senhor de Isis, representados, no Egito pelos bois-Apis e Mnenis. É este outro símbolo que se relaciona com o da Vaca Pentapoda brahmanica, no que concerne a Osíris, o aspecto masculino da Divindade; ao passo que Io, a terneira cantada por Esquilo, é a própria Isis, sua esposa e irmã. Mais um passo e compreendemos que a Índia é a Mãe da Humanidade, e o Egito seu Pai, porque se o sacerdote da terra de Khemi era a encarnação do poder filosófico e cientifico, o Adepto Indiano, no seu profundo misticismo, representava a encarnação do Amor, essa característica feminina. Delineiam-se assim, os dois caminhos apontados em todos os livros sagrados, representados por nações: Jnana e Bhakti; isto é, Sabedoria e Devoção, os quais se completam com o do Karma, lei de causa e efeito, bem expresso nos povos da Ásia Menor.

4 – O roubo das maçãs de ouro do Jardim das Hespérides

O termo grego Hesperos, Hesper ou Vesper, a estrela matutina e vesperal, Vênus, Lucifer , Portadora da Luz, Phosporos, Shukra, de onde vieram , no dizer dos sábios, as altas inteligências cósmicas que deram a esta humanidade o intelecto, representado na mitologia grega por Prometeu. Esse termo tem patente ligação com Pramanteia, o pramanta, a cruz vedica de onde brota Agni, o fogo sagrado, o espírito que anima. Pois no jardim das Hespérides as Atlandidas, as sete filhas de Atlas, guardavam os pomos da Arvore da Sabedoria, aquela que os hebreus colocaram no seu Gan-Eden, junto à Arvore da Vida… Ficavam esses maravilhosos jardins na Atlântida, cujos restos, conhecidos como a ilha de Posseidonis vem a ser o 4 continente ou o Kusha-dwipa puranico. Transplantando as maçãs para toda a bacia mediterrânea, Hércules fez com que ali florescessem os mais venerados mistérios da antigüidade. Ao simbolismo desse divino roubo(na verdade: uma prodigiosa transplantação de experiências imprescindíveis á evolução humana), prende-se o formidável e capital mistério da queda ou descida no sexo, queremos dizer, a perpetuação da espécie mediante a geração sexual, consoante a tradição judaico-cristã ainda conserva apesar de não a saber interpretar. O “pomo de Adão” atravessado, como diz o povo, na garganta do homem, tem, de fato, relação intima com o centro psíquico Vishuda, situado nessa região, o qual tem ligação com Vênus. Como força sutil da natureza ou “tattwa”, Vênus é o Akasha, origem psíquica do Som, que faculta ao homem a expressão das idéias. A modificação das cordas vocais, quando o varão surge no adolescente, é a prova assaz conhecida e bastante comprabatória de que Visnhuda e o Sexo influenciam-se mutuamente.

5- Limpeza das cavalariças de Augias, rei de Elida

Achamos logo correlação entre Elida e Helios, e a seguir Augêis, cujo nome, em grego, designa luz, raios de sol, etc. Consistiu esse trabalho hercúleo em limpar as imundícies milenares das estrebarias que simbolizam este baixo mundo das animalidades, para que o sol do espirito pudesse manifestar-se na Terra e propiciar o advento da Satya Yuga, a Idade de Ouro vaticinada pelos profetas, videntes e pitonisas de todos os tempos. Assim, só assim, poderiam os cavalos do carro de ouro do Sol cavalgar a Terra, conduzindo o Senhor da Luz na Mercavah, o carro de fogo.

6 – O Combate contra a amazona Hipólita

O sexto trabalho de Hércules é um dos maiores enigmas, e representa vividamente o mistério da redenção sexual da Humanidade. Jamais foi falado sobre a Terra o significado supremo deste símbolo, nem mesmo pelos grandes Instrutores ou Iniciados que, de ciclo em ciclo, espalham-se por entre o gentio de todas as nações as verdades eternas e seus sentidos remidores. Seria aqui um lugar ótimo para desenvolvermos ante o olhar claro de nossos leitores comentários amargos sobre o panorama abrasado pelas guerras e delitos sexuais em que – peregrinos punidos pelas contingências cármicas – nos debatemos. Para tanto, não há espaço nem propósito, pois os leitores podem e devem compreender isso, apenas volvendo para dentro de si mesmos, meditando e achando no seu Cristo interno o mestre que, qual Virgílio para Dante, lhes mostrará o inferno de sua personalidade e a quantos ganharam a carne como castigo. É melhor, portanto, discorrermos sinteticamente sobre este trabalho, oferecendo aos nossos irmãos em Humanidade, elementos riquíssimos para meditarem e salvarem-se enquanto é tempo. Este trabalho vela sobre o mistério das grandes profântidas que outrora, no segredo dos santuários entreviam, na profética tremulina das chamas de Agni, o destino dos homens e dos povos. Essas mulheres, profântidas, sibilas, pitonisas, mulheres divinizadas, enfim, resguardavam nos templos a própria sabedoria representada por Aura-Mazda, pela luz “Sûrya”, pelo ardor de Osiris e pelo amor infinito de Dionisios, expressões varias, porem idênticas do próprio Verbo, quando se há de apresentar, no fim deste negro ciclo que entenebrece o mundo, quando ele vier no seu flamívoro cavalo alado, o Avatara do País de Calquis. Elas estavam relacionadas com o nome da própria rainha das Amazonas – Hipólita. É por isso que vemos as amazonas contrapostas heroicamente ao amor humano, em todas as lendas e tradições. Só Hércules, não com sua força bruta, mas por ser o símbolo vivo do próprio mistério que elas custodiavam, podia vencê-las.

Encontramos, perpetuados pelos bardos, nos cantos nórdicos, o portentoso e iniciático ciclo dos Nibelungos; e nele vemos as mesmas amazonas com o nome de Valquírias, filhas de Votã e da deusa Herda, e Mãe Terra (Mather Rea ou matéria) as quais tinham o alcandorado destino de acender no peito dos mortais a ânsia da imortalidade, que se concretizava no heroísmo que os levava a pugnar na eterna liça deste baixo mundo pelo amor ideal de todos os Iluminados – a Fraternidade. Valquírias, Val-Kyrias, (vale dos Kyres, Kurus, etc), Kuretas, Kyrias são vocábulos prodigiosos radicados ao Kuri sânscrito, os filhos do sol, a raça eleita das tradições com o papel de conservar a Ciência Secreta de nossos maiores. Daí a origem pretérita da Cures ou Torre, cidade dos sabinos, fundada por Médio Filho e Himela, seus deuses superiores e termos outorgados como títulos honoríficos aos chefes das cúrias romanas, que recebiam, como símbolo de sua delicada e responsabilíssima função social, uma pequena lança de ferro chamada de hasta pura . Essa haste romana era uma espécie da “Balança da Justiça”, que presidia todas as transações jurídicas do direito quiritario (kyris). Por esses étimos constata-se que as Valquírias eram a perfeita representação do eterno feminino que corporifica as aspirações nobres, ou seja, a expressão tradicional da própria Sabedoria, as deusas Isis, Astartéa, Anat, Semiramis, Minerva, Palas Atenéa, etc., etc. A chave sexual deste símbolo faculta a compreensão da constante luta entre o Homem e a Mulher, permanentemente condicionados á ânsia passional, mas realizando o desígnio oculto da evolução: queremos dizer com isto, praticando sua unificação no Filho, que vem a ser o resultado do choque amoroso. Envoltos nas ondas tumultuarias da paixão, o Homem e a Mulher vão, apesar de tudo, evoluindo até chegarem ao dia da “redenção do pedaço original”, em que eles, harmônicos entre si, desaparecem no Andrógino, devido ao equilíbrio das propriedades solares e lunares de sua tríplice constituição.

7 – A corça Cerinita

Nas montanhas da Arcádia vivia a corça Cerinita, de galhos de ouro e patas de bronze, consagrada a Artemis pela ninfa Taigeta. Incansável, desafiava todos os caçadores que a perseguiam. Hércules, durante um ano, por montes e vales, perseguiu-a até os Hiperbóreos. Cansada, a corça retrocedeu sobre seus passos para a Arcádia, onde se refugiou no santuário da deusa. Aí, Hércules a alcançou, mas não a matou em atenção aos rogos de Apolo e sua irmã.

A alegoria é clara: a Arcádia, a Arca onde se conservam as sementes de todo ser vivente, ou seja, os mundos divinos das regiões inferiores, é a mesma terra chamada de Agarta pelos hindus, a Arghya, símbolo da Lua de onde procedem todos os seres na Terra, e que hoje se esconde aos olhos obscurecidos dos homens, nas invioláveis cidades subterrâneas. Por isso a corça lunar, já aureolada pelos fulgores do Sol, calça o bronze atlante de que eram feitos seus cascos; e poude ser consagrada a Ártemis, a Deusa da Pura Luz, á Casta Virgem, que em tempo algum conhecera as alegrias do himeneu nem as máculas do amor, representando a própria verdade solar como Taigeta, uma das Plêiades, Mamas ou Amas de Kartikéa, o Salvador segundo a concepção brâhmanica, ou melhor, o Chefe dos Guerreiros Celestes – o Akdorge das tradições transhimalaias – que virá, cavalgando seu níveo corcel, abrir as portas da Idade de Ouro. Estando a corça Cirinita diretamente ligada á tradição dos atlantes, é patente que Hércules vence no seu sétimo trabalho, o mistério do antigo povo vermelho, cujas relíquias iniciáticas se encontram custodiadas na verdadeira Cidade Eterna (não só por ser eterna, mas por conter em si a própria eternidade) de Agartha, ou Arcádia, onde, dia e noite, fulguram Apolo e Ártemis, o Deus do Fogo e a Deusa da Luz, expressões da própria Divindade, desdobrada, duplificada na maravilhosa e pulquérrima geminação, para consumar o enorme sacrifício da Creação. Esses deuses tinham ( e têm) em Hércules seu próprio rebento ou, para jogarmos com um símbolo conhecido no ocidente, o Verbo feito carne.

8 – O touro de Creta

Posseidon, o Senhor das Águas, o Netuno grego, ofereceu a Minos, Ménes, Manú de Creta, um touro que se tornou furioso porque o rei não o quis oferecer em sacrifício ao deus. Tornou-se o terror da ilha, até que Hércules o capturou e domou. Evidencia-se neste hercúleo trabalho a fúria da lei do Touro, dominante na 4a sub-raça atlante, a qual tirou seu nome – Toranica ou Turnanica – justamente por ter vivido sob o influxo do signo zodiacal de Taurus. Essa lei levantou-se, no arrebol da nova raça nascida na Advarsha, o berço dos árias ou Aries, o Carneiro, e dirigida pelo Manú Vaisvasvata até as ubérrimas terras de Sapta-Sindhavas. Até aqui o símbolo, agora o seu sentido: em plena raça ariana Hércules subjuga a tradicional magia atlante, representada no furioso touro, o quaternário inferior.

9 – A Hidra de Lerna.

Era filha de Tífon (Típhaon) e de Ecdna (Echdina). Horrível dragão de sete cabeças, habitava os pântanos marginais de Argos; seu hálito era peçonha que envenenava todo o país e matava quem o respirasse. A cada cabeça que perdia, nascia-lhe duas. Corresponde, nas teogonias nórdicas, ao dragão Fafner, que guardava os tesouros dos Nibelungos. É o símbolo das forças brutas da Natureza elementar. É a expressão, sintética e medonha, dos monstros apocalípticos da cadeia lunar (antecedente da nossa ou Terra),ou, mais claramente, os assuras, os não deuses, os deuses sombrios que perpetuamente assediam os que libertar-se buscam dos caucásicos grilhões que os cativam á roda dos nascimentos e das mortes. É, no final das contas, a infausta sombra do Mal que se contrapõe á fastigiosa luz do Bem. Tífon e Ecdena tinham na hidra de Lerna o produto legitimo de suas naturezas. Para matá-la, Hércules teve o concurso de seu fiel companheiro Iolaos. Esse agitou contra o animal fatídico o purificador fogo dos archotes acesos nas trípodas dos templos iniciáticos. Iolaos, a lei de Io, a Lua, Isis, ou Sabedoria Iniciática das Idades. Só o fogo sagrado da iniciação espanca as trevas da ignorância.

10 – As aves do lago Stymphale

O vale de Stymphale, enquadrado entre altas montanhas, formava uma bacia onde as águas das neves derretidas empoçavam. Nas suas margens viviam as monstruosas aves guerreiras de Ares ( o deus da destruição, na mitologia grega), as quais lançavam suas penas como dardos e talavam os campos cultivados, respatando-se de carne humana. Seja qual for a etimologia e a tradução que lhe dêem os mitólogos, para nós, ocultistas, essas são as aves fálicas que se nutrem da carne sacrificada no carnaval do sexo (carnaval ou carne-vale).

11 – O leão de Neméia

Hércules esmaga entre seus robustos braços a fera que apavorava os habitantes de Némea. Arranca-lhe a pele para cobrir seu próprio corpo, como símbolo do sol que, no signo zodiacal, está em exaltação e por isso se torna invulnerável com os despojos do leão, consoante reza a mitologia. Os leões ardentes são dos deuses da mais alta hierarquia creadora. Promana deles o hálito vital que anima todas as criaturas e pode espiritualizar os que a eles se chegam. Astrologicamente, o leão é o signo do fogo. Por isso “Dharana”(primitivo nome de nossa escola iniciática) foi fundada pelos deuses a 10 de Agosto quando as Dez Luzes, as Dez Sefirots se manifestavam em plenitude, porque à STB (hoje SBE) fora incumbido o Trabalho Mór de preparar os homens – todas as raças aglutinadas na Terra do Fogo Sagrado ou Brasil – para que o próprio Hércules, já como Maitri, pudesse vir a manifestar-se no sublime dia em que Ele, Rei do Mundo, surja ovante de seu reino subterrâneo, á frente de seu povo, como foi vaticinado pelo mosteiro de Narabanqui-Kure, pelo ínclito ser enviado de Shamballah, tal qual se pode verificar no livro de Ossendowski, traduzido em todas as línguas cultas – “Bestas, Homens e Deuses”.

12 – Hércules encadeando Cérbero.

Finaliza o rosário cruciatico de seus trabalhos, descendo ao sombrio Tártaro e encadeando Cérbero, o cão de três cabeças guardião dos reinos inferiores, para mostrar que na finalização dos “ciclos de necessidade” todos os homens, já osirificados, habitarão a Terra Interdicta. Motivo porque a fraternidade de Kaleb (cão em árabe), no deserto libico, situada aos 23 graus de latitude norte, tem por emblema o cão que resplandece em Sírius. Um dos mais prodigiosos períodos egípcios – o ano sótico – era marcado por Sírius. A fraternidade de Kaleb, aos 23 graus de latitude norte, trópico de Câncer já o dissemos varias vezes e o repetimos agora, é uma das mais veneradas pela Grande Fraternidade Branca, porque dela, nos dolorosos dias em que magos negros prepararam a múmia de Katsbeth ( da hoje redimida princesa atlante Kalibet), saíram os dirigentes da missão que trabalhamos – Henrique e Helena, ou Pítis e Alef, como então eram chamados na linguagem mística. Prepararam-se lá para operar nos planos oculto e histórico, até virem, após lutas cruentas, estabelecer aos 23 graus de latitude sul esta gloriosa obra redentora. Capricórnio – o trópico em que atualmente viceja a Arvore da Sabedoria – está ligado ao profundo mistério dos Kumaras, os deuses que deram o mental ao gênero humano. Tendo a raça ariana desenvolvido, como lhe competia, o máximo progresso mental, é claro que a apoteose da obra dos Kumaras deveria de ser ultimada pela dos “Gêmeos Espirituais”, na Terra Prometida. Conseguintemente, a lei da Causalidade exigiu que o Brasil fosse descoberto por quem através de seu nome apontasse a representação histórica e oculta dos Kumaras : Cabral.

 

Sacanagem

Esta é a semana dos namorados, mas não vou falar sobre ursinhos de pelúcia nem sobre bombons. É o momento ideal pra falar de sacanagem.

Se dei a impressão de que o assunto será ménages à trois, sexo selvagem e práticas perversas, sinto muito desiludí-lo. Pretendo, sim, é falar das sacanagens que fizeram com a gente.

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é racionado nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais rápido.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”, duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Ninguém nos disse que chinelos velhos também têm seu valor, já que não nos machucam, e que existe mais cabeças tortas do que pés.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que poderíamos tentar outras alternativas menos convencionais.

Sexo não é sacanagem. Sexo é uma coisa natural, simples – só é ruim quando feito sem vontade. Sacanagem é outra coisa. É nos condicionarem a um amor cheio de regras e princípios, sem ter o direito à leveza e ao prazer que nos proporcionam as coisas escolhidas por nós mesmos.


Como seduzir alguém de Balança

O primeiro mandamento a ser respeitado é: nunca apareça todo amarrotado, com aquela cara de quem acabou de sair da cama, nem surpreenda um libriano nas mesmas condições… A não ser que queira acabar com seu romance. Para Balança, beleza é fundamental. Para agradar alguém deste signo de apurada sensibilidade estética, você não precisa ser nenhum top model, mas tem que cuidar bem de sua aparência. Os próprios librianos costumam ser muito elegantes e querem que quem está a seu lado combine com eles, não pode quebrar a harmonia do conjunto. Além disso, apreciam que os outros também admirem e gostem de você… A opinião das pessoas é muito importante.

Caso você seja daquele tipo que quer ficar sempre sozinho com a pessoa amada, incógnito, ou escondido em uma ilha deserta, talvez tenha sérios problemas, pois é um signo altamente social. Libra gosta de fazer tudo junto, adora companhia – e só a sua às vezes pode não ser o suficiente. Isso não quer dizer que não gosta de você, é que o libriano sente necessidade de convivência com os outros seres humanos e de participar no que acontece com a sociedade. Se você é flexível e entrar no embalo, ótimo, e melhor ainda se também propuser programações interessantes com amigos.

Regido por Vênus, o planeta do amor, da união, da arte e da beleza, Balança valoriza os relacionamentos como ninguém e faz de tudo para agradar aqueles que ama. Para não perturbar seu senso de justiça, recomenda-se que você também aja assim. Embora librianos sejam os primeiros a preparar o ambiente, criar situações românticas e dar presentinhos, não vai fazer mal nenhum se você imitá-los…

Para o signo da Balança, harmonia e equilíbrio são palavras-chaves – convém que você as inclua em seu vocabulário e as siga ao pé da letra, nas mais diversas situações. Como um signo de elemento Ar, o mental predomina sobre o emocional, o que se estende às relações afetivas. Não espere explosões emocionais, ataques de paixonite e tampouco o atropele com essas manifestações barulhentas. Se você é daqueles que gosta de falar alto, bater portas e precisa de uma boa briguinha de vez em quando, procure outro signo. Talvez você nem perceba que o libriano foi embora enquanto você esbravejava… Diplomático e educado, sempre vai querer resolver as coisas com uma conversa amigável, depois que você se acalmar, claro. Não fique pensando que está sendo frio, que não sente, que não ama você, e tudo e tal – é que gostam de manter os pratos da balança bem alinhados.


Gattaca

“Rotulado de ‘In-Válido’ num mundo geneticamente perfeito, Vicent (Ethan Hawke) tem poucas hipoteses de concretizar o sonho da sua vida – ser piloto da Gattaca Coorporation.”

É assim que este filme se apresenta a quem o procura nas prateleiras das lojas ou dos videoclubs. É muito pouco, no entanto, o que diz.

Trata-se de um filme de 1997, a cores (technicolor), em que os desempenhos do principais protagonistas não são especialmente brilhantes, mas não tinham muito por onde brilhar.

Trata-se de um argumento calmo, em que as coisas acontecem lentamente, e com poucas surpresas… No inicio do filme percebemos rapidamente quem é o heroi, e ficamos com a certeza que ele irá atingir o seu objectivo… até porque a obra começa in media regis, como a verdadeira epopeia que é.

Vamos lentamente percebendo que muita coisa não está nos genes. Não falamos, obviamente, de força, de ritmo cardiaco ou constituição… Mas não sabemos todos que isso é uma misera parte do sucesso, da felicidade e da verdadeira coragem?

Este filme é um pequeno romance entre aquele que no ano seguinte se tornaria um casal na vida real, mas é acima disso, e de tudo o resto um hino é força de vontade e á coragem de querer, e de vencer. Um filme que lembra que por vezes é preciso criar os meus para atingir os nossos fins, e que outras os meios fazem parte dos fins.

Para mim trata-se de um filme a não perder.